A praça é da República mas é Gualdim País quem a domina do alto do seu pedestal. É ali que, desde 9 de Julho de 1940, se imortaliza o seu engenho na conquista, fundação e povoamento de Tomar.
Apesar de nascido em Amares, lá para os lados de Braga, foi em Tomar que faleceu em 1195 e depois de muito pelejar enquanto mestre da Ordem do Templo, tendo sido sepultado na Igreja de Santa Maria do Olival, antigo panteão dos mestres templários. A Igreja até que merece ser visitada, mas eu não queria sair da Praça, ademais com a de São João Baptista mesmo ali, de fachada “lavada”, misturando estilos, do gótico ao manuelino, convidando-me a entrar. Local de reunião e adoração dos Cavaleiros Templários no século XII, exibe hoje muito do que resultou das transformações que nela ocorreram durante o século XVI. O altar barroco dignifica a figura do orago e à direita da nave merece olhar atento a capela que se reveste de azulejos portugueses designados por “ponta de diamante”, tal a sua tridimensionalidade. Saímos da Igreja e damos de ventas com os antigos Paços Reais, que D.Manuel I mandou construir. Ali é a Câmara Municipal e se bem que sucessivas reformas tenham eliminado a decoração manuelina, ainda permanecem alguns símbolos de antanho, como o brasão do rei, a cruz de Cristo, e a esfera armilar, este antigo instrumento de astronomia que ao tempo do rei venturoso se tornou em símbolo do nosso poder marítimo. Uma placa sobre a entrada principal da Câmara lembra-nos que foi D.Maria II a elevar Tomar à condição de cidade. Cidade que nos é sugerida como sendo da Arte e da História e não se veja nisto exageração alguma, que muito mais há para ver. Visitá-la é honrar o que de melhor tem o nosso país para oferecer.