O pormenor faz a diferença

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Pois cá está mais uma foto tirada na celebrada “Mood”, em Nova Iorque, com um rolo de tecido em veludo, à ilharga. Gostei dele para um casaco de smoking que queria com calça listada igual à banda.

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Meu dito seu feito, que a obra é do costureiro José Maria Oliveira, a quem confiei tal trabalho e a exemplo do que anteriormente já havia acontecido. Muito aprecio a minúcia e o cuidado que põe no seu labor.

http://josemariaoliveira.com

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Parecem banais mas não o são, porque de veludo, tal como o casaco. A isto chama-se: “fazer pandã”!

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Estão à espera de serem calçados. São em verniz, com uma fiada de cristais Swarovski.

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Nesta vestimenta é a pregadeira a levar a melhor. Porque valiosa de afecto.
Do guarda-jóias da minha mãe, era esta a peça de que mais gostava. Um coche em prata e brilhantes, que aos olhos de catraio, parecia enorme e que, por certo, me remetia para os contos de fadar. Passaram mais de cinquenta anos e já há muito que dela me havia esquecido até ao dia recente em que chegou às minhas mãos. Hoje levo-a na lapela, orgulhoso de a saber do grande amor da minha vida: a senhora minha mãe.

6 comentários a “O pormenor faz a diferença

  1. Vânia Ferreia

    Olá Manuel, adoro preto e adoro essa pregadeira. Acho fascinante essas pequenas coisas que passam de geração em geração. Infelizmente na minha familia não tem nada disso. Gostava de hoje ter um anel, um colar, uma pregadeira que pudesse mostrar aos filhos e dizer que foi da avó ou bisavó. Na falta disso ficam as memorias, que são poucas dado varias circunstancias da vida mas boas. Espero eu deixar alguma coisa para meus futuros netos e bisnetos. Abraço

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  2. Raquel Guerreiro

    Boa tarde Manel deixe que o trate assim porque faz parte das pessoas de quem muito gosto ,podia dar-lhe elogios sem conta, e muitas vezes repetidos por outras ou outros admiradores ,mas gosto muito de ser singular e neste caso o que posso dizer e que tenho uma grande mas uma grande admiracao por si, nao e o que veste …que tambem gosto,mas especialmente o que esta por dentro: a boca fala do que o coracao sente e e desse coracao que eu gosto MUITO queria dizer muito mais mas nao consigo um abraco de grande amizade

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  3. Elisabete Canha de Andrade

    Manel,
    Pois que logo de manhã vim espreitar o seu blog.
    Aquela pregadeira – sim, porque se outrora se chamava outro nome, hoje custa-me a dizê-lo e muito menos escrevê-lo – chamou-me a atenção. Que bem que ficava! Recordou-me uma outra jóia que a minha avó também tinha, não de valor comercial, mas de valor sentimental. Guardo-a porque quando lhe toco vem-me à cabeça longas e belas conversas que tinha com a minha avó; senhora de alguma idade mas de uma mentalidade mais jovem que certos jovens da minha idade. Quando os pequenos pormenores são usados com carinho, logo saltam à vista e fazem uma vistaça!
    Também há muito que ando para elogiar o seu costureiro. Quisera eu ter uma costureira como tinha na Madeira. Familiar, por acaso. Foi uma das “coisas” que perdi quando vim para cá. Desenhava os meu próprios modelos e ela, em menos de 48 horas fazia-os para meu bel prazer e uso, claro! Hoje, volvidos dezenas de anos são usados pela minha filha em ocasiões de alta Moda, sentada em primeira fila, nos grandes desfiles que por essas capitais europeias e não só, decorrem. E como são apreciados pelos grandes costureiros! Nacionais e estrangeiros que logo viram o avesso ao modelito para verificarem o chuleio à mão e as linhas queimadas pelo tempo.
    Orgulhos! Como nós os acalentamos!
    Beijinho de muito carinho e admiração da,
    Elisabete

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  4. Berta Veiga

    que dizer?que adorei?até já parecem palavras banais.Gosto do preto,minha cor de eleição,por isso tinha de adorar.é preto,é a minha cor favorita e tem muita classe!!!!!

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