Joana em Serralves

Gosto, e muito, do que Joana Vasconcelos concebe, por isso bem quis ir até ao Guggenheim de Bilbau, para ver a sua exposição “I’m your mirror “ e nessa ida aproveitava para visitar o casco histórico da cidade que desconheço, tinha até hotel e viagem marcadas, que sou dos que planeia tudo com antecedência não dando margem a qualquer improviso, não tivesse a saída da Cristina para a SIC alterado os meus planos impedindo-me que saísse de antena. Felizmente que a exposição veio, entretanto, para Serralves pelo que aproveitando uma ida ao Porto logo a quis visitar.

Há quem diga que a artista faz do lixo luxo, procurando de forma rasteira e redutora castigar o seu trabalho, talvez por ter sucesso, porém o que Joana utiliza nas suas obras são objectos do quotidiano, do ambiente doméstico que vive em cada um de nós. A própria o diz: “o nosso ambiente doméstico não é lixo, pelo contrário é um lugar que se deve preservar, valorizar e que se deve ter em conta como um lugar seguro, um lugar de prosperidade”. Usando imagens, materiais e técnicas tão enraizadas na nossa cultura popular, como o azulejo, o bordado, a renda, a cerâmica … Joana Vasconcelos aproximava a sua arte da vida real. E são da vida real as mensagens que as suas obras vinculam, alterando padrões, rasgando mentalidades, por isso também gerando polémicas. Museus e coleccionadores de Arte compram-na, o povo entende-a ou procura entendê-la e acorre às suas exposições. Em Serralves, naquela manhã de sábado vi pais e filhos, muitos, cativados pela cor, pelas formas, sobretudo pelo uso de objectos do privado que a artista traz para o público com criatividade, humor e ironia. Aproveite, enquanto Joana Vasconcelos mora em Serralves.

5 comentários a “Joana em Serralves

  1. Adriana Mendes

    Pois Manuel Luís, eu fui mesmo a Bilbau. Tinha visto a exposição no Palácio da Ajuda e achei que não era o local para o trabalho da Joana.
    Em Bilbau fiquei deslumbrada. O espaço (enorme) a luz, o espaço envolvente… Tudo brilhava, nada estava apertado. Eramos envolvidos pelas peças. Valeu a pena!
    O Guggenheim durante a duração da exposição ficou muito mais rico. Foi a terceira vez que visitei este museu e desta vez senti-me agradecida à Joana Vasconcelos pelo trabalho apresentado.
    Depois foi levar o marido ao casco histórico a comer Pinchos 3 dias de provas e mais provas. Mas se quiser provar os verdadeiros pinchos vá à Getaria e aproveite para ver o museu de Balanciaga.

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  2. Mihuel angrelo

    É pena kbexposiçao tao monumental esteja condkicionada em salas tâ basicas e com informaçâo ta deficiente sobre o percurso a seguir. Tive k descer 2 vezes para ver o coracao vermelho….trr k refazer o caminhO aos encontroes, tambem e c,aricat….nada comparavel com a do palacio da ajuda.
    Para expo antologica o espaco escolhido é desastroso. O estrago das obras, sobretudo as do jardim, nao protegidas e a ser paulatinamente destlruidas por miudos, torna se doloroso de ver.

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