As minhas rolinhas

Ao dizer isto acabo sempre por me lembrar das rolinhas do prefeito Artur de Tapitanga, viciosa personagem de “Tieta”,  se bem que as minhas sejam das que arrulham mesmo.

 

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Tudo começou em Fontanelas, quando uma rola pousou no jardim. Ali perto, há uma quinta onde se fazem casórios e talvez se tivesse perdido das demais ou estivesse farta da festa (como eu a compreendo!). Que pitéu para a cãozada pensei eu, que sei bem do que a casa gasta, por isso peguei nela e botei-a numa gaiola grande, no jardim, em segurança. Cedo lhe arranjei companhia , pelo visto de sexo oposto, pelo que não tardariam os rituais de acasalamento com as sequentes posturas, cinco ao ano. Perdi a conta às rolas que foram nascendo e que fui dando. Confesso que a dado momento passei a pilhar os ovos, e a maldizer tanta “fornicação”. Restam três que levei para o Alentejo, para ganharem a liberdade. Cortaram-se as guias para que, inicialmente, se habituassem ao espaço. Ali nem a Dolly, a cadela do monte, lhes faz mal. Já voam longe, mas voltam sempre para se alimentarem e dormir no resguardo da pimenteira que domina o terreiro.

 

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13 comentários a “As minhas rolinhas

  1. Alexandra Pinheiro

    A minha primeira vez aqui…
    Como o compreendo, Manuel… 🙂
    Por aqui, tenho três casais numa grande gaiola. Queria tanto deixá-los ir, mas receio que não sobrevivam.
    Ofereceram um casalinho aos meus pais faz muitos anos, e de então para cá, vão ficando… Estes malandrecos reproduzem-se que nem tordos, por isso, confesso que na rotina diária vou retirando os ovos ou seria a loucura total. As pobres rolinhas já saltam do choco quando entro na gaiola ou empurram os ovos, pois sabem que lhos vou tirar. 🙁
    Tenho muita pena e gostaria de não ter de o fazer, mas já é tão doloroso ver ali aquelas alminhas dia-após-dia.
    Apesar dos meus pais também terem jardim, não sei como habituá-las a sair em liberdade mas a voltar para se alimentarem.
    Num destes dias, apanhei um susto enorme. A branquinha tinha a linha inchadissima, pois puxou um fio do estore que está junto da gaiola, para as proteger do calor do dia e do frio nocturno. O fio ficou preso na língua e na pata. Cada vez que mexia a pata, magoava a língua. Não sei como ela fez aquilo… 🙂 Foi complicado, mas lá consegui cortar o fio sem lhe traçar a linguita.
    Também já aconteceu, o Putchy (cão dos meus pais) empurrar a porta da gaiola de tal forma, que consegiu entrar. Em duas vezes, abocanhou duas. 🙁 Mas ambas consegui salvar, pois ao meu primeiro grito largou-as ainda que muito combalidas. Uma ficou bastante ferida, mas descobri que recuperam com extrema facilidade. Valha-nos isso!

    Entretanto, alterei o procedimento enquanto faço as minhas tarefas diárias no jardim e agora o Putchy já não tem hipótese de atacá-las.
    É complicado… Não vivo lá, mas vou diariamente tratar delas e do cão. No final da limpeza levo-o a passear. E quando chego à minha casa, dou uma voltinha com o meu Billy, que parece um ursinho de pelúcia. 😀

    Ficaria mais feliz e descansada se as deixasse em liberdade, mas como assegurar a sua segurança? impossível! Ainda se soubesse que voltavam para petiscar…
    Uma pessoa amiga já me pediu um casal, o que significaria menos altercações entre eles e mais espaço disponível na gaiola, mas receio que a intenção seja a de fazer uma canjinha e na dúvida, fico quieta. 🙁
    Sinto-me impotente, tal como elas se devem sentir – sem asas para voar…

    Cumprimentos, Manuel.

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  2. Tatiana

    Meu querido e estimado Manuel Luís, realmente é fantástico como pessoa, quem, me dera a mim que todos fossem como o senhor é com tão grande estimação pelos animais!
    Os meus parabéns. As fotos estão fabulosas, está me cá a parecer que o “Tio Goucha” anda sempre de Máquina Fotográfica em punho! E faz muito bem porque sai sempre perfeita cada foto.
    Bem como você já sabe sou sua fã incondicional, aliás sua e da Cristina, como conheci a Cristina primeiro eu criei para um trabalho na escola um site, ora o tema era livre. O tema escolhido por mim foi criar um blog como se funciona-se como página de fãs da Cristina, qual não foi o meu espanto quando a professora me diz que tinha de ser apresentado a turma e à mesma para ser o elemento de avaliação daquele módulo.A verdade é que após ter demorado um mês a concluir o site, porque tenho um horário muito carregado de aulas, terminei e apresentei, foi o melhor trabalho tive 19 , ora diga-se de passagem que não estudei muito porque sei tudo sobre a Cristina, como sei tudo sobre o Manuel. E o meu trabalho distinguia-se pelo o amor que pus nele, foi essencialmente isso, falei aos meus colegas abertamente deste “amor de fã” , a professora disse-me que reparou no brilho dos meus olhos enquanto apresentava,que representava algo verdadeiro, um imenso orgulho em pessoas que “mal conheço”
    Acho que agora depois de acabar as aulas teria tempo para trabalhar um outro site, já depois de o conhecer(sonho realizado finalmente), decidi assim criar um site com o mesmo tema de página de fãs só que para si. Confesso que ponderei muito, porque ter um blog já me dá imenso trabalho e ainda mais outro seria uma coisa dificil de fazer, por isso a minha grande ponderação. Eu como não sou pessoa de me deixar ficar só pelo pensamento passei mesmo à prática, porque o Manuel merece, deixou me quando estive consigo a ultima vez, um orgulho mais imenso ainda.. Ia eu depois do programa acabar a pé com um sorriso rasgado e a cantar, foi fantástico comigo, que pessoa tão afetiva pensava eu!! Era uma imensa alegria que me dava se visita-se um dia destes o meu site e que me escreve-se a dizer o que achou, não sei se a Cristina alguma vez viu o dela mas gostava muito que o Manuel visse o seu. Bem como quem corre por gosto não cansa após algumas horas e dias de trabalho o site está pronto, ainda na sua fase dos primeiros passos, mas agora é que vão surgindo os temas para escrever nele, espero que goste tanto como eu gostei de o fazer e concluir. Agora é gerir os dois blogs/páginas e ir respondendo a algumas mensagens que vão surgindo. Obrigado por ser o Homem que é. Abaixo fica o link da página dedicada a si, e se quiser dar uma espreitadela ao da Cristina fica também o link. Não exponho isto para ter sucesso, mas só para saber o sucesso que você e a Cristina provocam em mim 🙂
    Gosto MUITO DE SI “Tio Goucha”
    🙂 😉
    http://galopim5g.wix.com/paginadefansgoucha
    http://tatiana1317.wix.com/paginadefascristinaf

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  3. Ana Azevedo

    Queremos fotos da Dolly! Por favor! Por favor!:)
    P.S.: Estas fotos estão lindíssimas! Dignas de pôr numa moldura num qualquer recanto da casa!:)

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  4. tina batista

    ola manuel luis todos os animais que tens mostrado sao lindos entao estas pombinhas sao um encanto e os teus lindos caes tambem estao ai no monte obrigado por nos mostrar tudo isto e beijnhos para os dois

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  5. Gertrudes da Luz Ferra

    Boa tarde caro Manuel Luís. Por motivos de saúde não me tenho metido com o senhor, as dores são muitas e não tem havido paciencia. Mas venho sempre ler o que escreve é sempre um gosto. Com respeito ás suas “rolinhas” ,tenho muita pena de lhe dizer que não são rolas mas pombos. As rolas Manuel Luís são cor creme muito clarinho e teem uma coleira á volta do pescoço em preto. A não ser que haja alguma raça de rolas que eu não conheça. Parabéns pela compra do vosso Monte e muitas felicidades e sorte. Já agora sugeria se me permite mandar instalar no telhado da vossa casa um Pára raios por causa dos relâmpagos. Penso que no campo é sempre mais perigoso. Um grande abraço . Gertrudes

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  6. Madalena Ferreira

    Olá MLG,

    A história é muito ternurenta – ou não fosse contada pelo tio Goucha!

    Espaço bucólico, de fazer inveja!!!!!!!!!!!!!!! “mas da boa”.

    Bom fim de semana,

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  7. Maria Manuela Cruz

    Bom dia Manuel Luís,

    O ALENTEJO, no verão, uma elegante espreguiçadeira, à sombra de uma frondosa árvore…., um bom livro…..
    E com umas rolinhas de companhia?

    Só o Manuel Luís, para, com a Sua sensibilidade que muito admiro, nos trazer estes cenários!!
    Obrigada
    Continue a partilhar. Tranquilidade precisa-se!
    Saúde para si e para os Seus, para usufruir do Seu monte.

    Manuela Cruz

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  8. Carla

    Manuel
    Tão lindas, amo as suas reportagens, o seu gosto pela vida.
    Foi o Manuel que me incutiu o gosto pela fotografia, quando vi as rolinhas fiquei um pouco impressionada. Há 1 semana no meu jardim estava um passarinho branco com bico vermelho numa árvore, ali existem muitos pássaros, pardais, melros, cocus,carraceiros, à noite corujas. Mas aquele tinha uma beleza diferente, a sua brancura sobressaía da folhagem, tirei fotos muito perto era mansinho. Ficaram bonitas, hoje quando vejo as suas fotos lembrei-me das minhas. Ter a capacidade de incutir um gosto, uma coisa que nos da prazer não é para todos, o Manuel tem.
    Acho imensa piada aos passarinhos vão beber a água e ração dos meus cães.
    Gostei de ver um pouquinho do seu ninho.
    Como diz Ronaldo sonhar é gratis, um dia gostava de ter um monte à medida da minha dimensão, com todos os animais à solta e não os mataria. Morreriam de velhinhos , aprendi a ter amor por os que me são próximos, os animais da minha casa são da familia. Tem que nos apresentar a Dolly, seponho que seja uma uma cadelita bem grande, mas muito doce como os donos.

    Se for ao monte boa viagem.
    Abraço ao 2
    Carla

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  9. mafa nogueira

    Gostei da história das rolinhas.
    Ternurenta!
    Também tenho umas histórias em “o mundo que eu invento”
    Gosto do seu blog Manuel Luís.
    Gosto de ler…pronto! 🙂

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  10. Berta Veiga

    Que lindas 🙂 .Há 2 meses encontrei uma rola bebé a caminho da padaria onde habitualmente compro pão.Estava chuva e era toda molhadinha e pequenina ia morrer.Trouxe-a para casa e alimentei-a.Primeiro com papa de cria e depois comida de rola.Ainda a fui soltar quando já voava mas como ficou 3 horas na mesma árvore para onde a soltado,ao final do dia fui com o meu filho buscá-la e está connosco até hoje.Está e estará 🙂 mas a minha é beje e tem uma “coleira”pretinha em volta do pescoço.As suas são diferentes mas igualmente belas embora pareçam pombas e não rolas.

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