Entrei na Igreja sem saber que aquela era a matriz de Estremoz, consagrada a Santa Maria, ainda por cima sem torres sineiras, pelo que me contaram aquilo foram as tropas napoleónicas que lhe deitaram fogo. A porta estava aberta e em sendo assim eu entro sempre, que muito gosto destes lugares de oração e recolhimento, pela Arte que exibem e pelas histórias que contam. Valeu-me a dona Constatina, que em me vendo aconchegou-me num terno abraço dizendo gostar muito de mim. Logo foi contando que está na Igreja há um ror de anos, desde o momento em pediu ao padre Júlio que a deixasse ficar à entrada a fazer os seus pequenos trabalhos em crochê, que na casa onde morava, dentro do castelo, a luz era pouca. Pois que fosse disse-lhe o padre, que até dava jeito, assim a Igreja poderia estar sempre aberta e vigiada e havia quem a desse a conhecer. Disse-me ser a Igreja do século XVII, se bem que tenha começado a ser construída em 1560 sob o patrocínio do Cardeal Infante D.Henrique e de seu sobrinho-neto D.Sebastião. E que apreciasse altares, capelas e os frescos a descoberto, que depois fazia questão de me ir mostrar uma das jóias mais bem guardadas da cidade, a capela da rainha Santa Isabel.
Assim o disse assim o fez. Aferrolhada a Matriz, ala para a capela onde se diz ter morrido a Rainha Santa, que ali terão sido seus aposentos. A capela foi mandada construir por D.Luisa de Gusmão, mulher de D.João IV em cumprimento de uma promessa pela vitória portuguesa na Batalha das linhas de Elvas e dada a sua grande devoção por Isabel de Aragão. Vestida de azulejos e telas a óleo do século XVIII a capela relata-nos cenas da virtuosa vida da rainha e é dona Constantina quem tudo explica com paixão. Chega a declamar, em português medievo, o milagre das rosas, não todo que o poema é longo e a sua memorização ainda vai a meio, mas para a próxima que eu venha, já o terá todo sabido. Tem na poesia amor maior, a ponto de também versejar, ter livros editados, e para lhe facilitar a escrita até aprendeu a usar o computador aos oitenta. Só não me contou mais porque tinha de voltar à Igreja de Santa Maria. Dali a duas horas haveria casório, celebrado pelo padre de Monforte, e a mãe da noiva já reclamava a sua presença para alindar a Igreja com laços brancos. Houve tempo para mais uma foto, agora com a Cacá, a mãe da noiva, e promessa de voltar em breve, que senhora assim só me acrescenta.
ESTREMOZ minha cidade não encontro palavras para descreve-la.
Obrigado SRº MANUEL LUIS GOUCHA por dar a conhecer esta linda cidade.
Volte sempre os estremocences ficarão gratos.
Boa tarde Manuel Luis Goucha,
Permita-me que o trate assim, apesar de não nos conhecermos pessoalmente a televisão já nos apresentou à alguns aninhos☺
Hoje deixou-me sem palavras e com muitas lágrimas de alegria por poder assistir ao seu programa “Estorias da Gente” na minha linda cidade de Estremoz, com o privilégio de ouvir a linda Senhora Guardadora de palavras (titulo que simpaticamente lhe atribuio)minha mãe queridaĺ
Obrigada ficará para sempre no meu coração, termino com um abraço e uma lágrima de comoção
A cultura renova o homem e sossega a alma…
Obrigado Manuel Luís, pela partilha de tão belas imagens e excelente texto.
Grande abraço
Que bom Manel ver como se interessa pelas coisas que encontra neste pedaço de terra que e o Alentejo. Bonito ver como as pessoas o reconhecem e acarinham como se toda a vida por aqui tivesse andado. Desejo muito que sempre aqui seja feliz. Beijinho grande
Obrigada pela partilha.
Linda a nossa cidade e a sua historia
Olá MLG,
Belas fotos, belo relato histórico, obrigada pela partilha!
Bem haja e boa semana,
GOSTEI COMO GOSTO SEMPRE
PARA MIM O MANUEL É UM GRANDE SENHOR
BEIJINHO
Sempre tão querido com todos…
Parabéns MLG pela simplicidade, serenidade e a dadiva do afeto, apanágio das grandes pessoas.
Sei que não acredita na existência de deus, mas dentro de uma igreja sentimos imensos sentimentos, dos quais nos faz sentir bem.
Obrigado Manel Luis por me ensinar todos os dias alguma coisa. Ja estou esperando o Master! Abraço
Olá Manuel Luís, que lindas fotografias! Eu também entro sempre nesse locais, adoro conhecer!
Um beijinho, gosto muito de si.
Adorei ver. Também sou Estremocense. Grata
Boa tarde Manuel Luís Goucha. Sou a Maria João de Estremoz. Esta nossa cidade branca é riquíssima na história como nos monumentos a visitar. Gostaria de lhe recomendar uma visita à Igreja de São Francisco de Estremoz que toda ela é em talha dourada e no belo mármore de Estremoz. Tem uma das poucas representações da árvore de Jessé de Portugal. A igreja dos Congregados junto à Câmara Municipal é toda ela em mármore branco de Estremoz não se realizando celebrações religiosas só concertos e alguns casamentos possui um museu com arte sacra que ali se encontrava. Para além do nosso grande teatro Bernardo Ribeiro mas pelo que li e ouvi já o conhece. Continuação de bons passeios pela nossa cidade. Cumprimentos
Quem diria….que Manel para nós.. GOUCHA ainda iria visitar a minha terra natal…e pelo que vejo gosta muito de ESTREMOZ… Terra de encantos e casarios brancos, onde a hospitalidade das pessoas será sempre o seu forte, por essa razão todos regressam…..
OBRIGADA PELAS FOTOS LINDAS POIS É O GÉNERO DE ARTE E HISTÓRIA QUE GOSTO. MARAVILHOSAS FOTOS. OBRIGADA GOUCHA. UM BEIJO NO