É através da Arte que se defronta o abismo a cada instante. Que se mergulha nas incertezas da Alma. Que se toca o Divino!
Não sei se a transcendência da representação se pode aplicar por inteiro quando é de novela que falamos. É outro registo, outro fôlego, bem diferentes dos que acontecem sobre tábuas. Nada contra, antes pelo contrário, que uma novela pode levar à discussão dos mais diversos temas do quotidiano e ajudar a exorcizar algumas apoquentações, de um modo mais abrangente. Mas não deixo de pensar numa linha de montagem onde actores e técnicos são “obrigados” a dar resposta rápida, com o apuro possível. O actor tem de “se virar”, recorrendo da técnica que os anos e o labor ajudam a dominar, quando no Teatro há outro tempo para a construção, para a inquietação, para o sortilégio. É indizível a felicidade de se estar num palco. Como indizível é cumpliciar, da plateia, a espessura que as personagens ganham, a cada noite.
Vejam só para o que me deu, quando ontem estive nos estúdios da Plural, em gravações para o Masterchef! Eu ali, numa casa “faz de conta” (a dos Albuquerque) colada a um suposto centro comercial (Shopping Place) a conversar com alguns actores da novela “O Beijo do Escorpião” e concorrentes do Masterchef, e a sentir saudades de habitar um palco. Outro palco! Pelo prazer e pelo risco! Quem sabe…
Viva o Teatro!
QUEM ME DERA PODER VER TUDO QUE DÁ NA TVI, EU ERA E SOU FÃ . MAS VIM PARA O BRASIL E AGORA NÃO SEI COMO VER.
SE ME PODEREM DIZER COMO, VOU FICAR MUITO FELIZ E PODER MATAR ALGUMAS DAS SAUDADES QUE TENHO DO NOSSO PAÍS.
SAUDADES E OBRIGADA
por desocupação tenho andado a ver novelas em modo reposição na tvi ficção e agora esta nova, que vou acompanhando enquanto despacho as tarefas domésticas, e não pude deixar de reparar o quanto os cenários mudaram nestes anos, o quanto mais se parecem com uma casa! Parabéns aos cenógrafos e decoradores (suponho)