Quando a música toca os céus!

Branca e alcantilada assim é Marvão, um verdadeiro tesouro na serra de São Mamede, guardado há séculos pelas muralhas que se sabem anteriores à conquista de Afonso, nosso primeiro rei. Não havia Christoph Poppen de por ela se apaixonar quando por ali passou de bicicleta com a família no Verão de 2010. “Nunca ouvira falar daquele lugar nem ninguém mo indicara. Foi amor à primeira vista! Ficámos todos num estado de felicidade e maravilhamento” – é o próprio quem o diz.

Um ano depois já estava a comprar casa na vila e não descansou enquanto não juntou a sua arte maior, a da música e regência de orquestra, à beleza única daquele local. A ideia do Festival Internacional de Música Clássica surgiu-lhe em 2013 e ano após ano é cada vez mais exigente o programa apresentado. Começou ontem a sua quinta edição e até ao próximo dia 29 serão quarenta os concertos a realizar-se não só em Marvão como em Portalegre, Santo António das Areias, Galegos, Escusa, Quinta dos Olhos d’Água, no complexo arqueológico romano de Ammaia, e ainda no vizinho município espanhol de Valência de Alcântara, onde actuam a Orquestra Estatal de Atenas, a Filarmonia das Beiras e o Coro Gulbenkian, num total de trezentos músicos de vinte nacionalidades incluindo a nossa e com número recorde de participantes. Melhor mesmo é consultar o programa e em andando por estas paragens alentejanas é não perder o que se nos oferece.

Ontem a abertura do Festival no Pátio do seu castelo medievo foi mágica, só podia! Pelo local, pela hora azul que é quando o dia se entrega nos braços da noite e pela música de Dvoräk (compositor checo do século XIX) executada pela Orquestra Estatal de Atenas. E eu estava lá!

Depois digam que não há oferta cultural na província!

www.marvaomusic.com

 

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