Sintra tem destas coisas, enquanto Lisboa amanhecia luminosa e quente, por estas bandas das Azenhas do Mar um manto de nevoeiro cobria o jardim, a casa e esta alminha. Felizmente havia-me decidido por uma manhã cultural na capital, lagartear podia ficar mais para a tarde quando o céu azulasse. Pus um fatinho daqueles que não posso usar em televisão, porque os quadrados miúdos fazem batimento, diz-se assim quando parecem ganhar vida, o que é desconfortável para quem vê, e ala para o Museu Nacional do Azulejo. Parece impossível mas é verdade, o museu tem quarenta anos e foi a primeira vez que o visitei, logo eu que tanto aprecio este género de património e em que somos dos melhores. O azulejo é claramente um dos elementos que melhor identifica o perfil estético do nosso país. No Convento da Madre de Deus, fundado em 1509, por vontade de D. Leonor, viúva de D.João II, concentra-se um valioso e impressionante acervo azulejar retirado, ou salvo se preferir, entre outras proveniências, de muitos dos mosteiros fechados após a extinção das ordens religiosas, em 1834. É uma empolgante viagem pela história da nossa azulejaria, do século XV à actualidade, o que este museu nos propõe e só me penitencio por ter adiado tanto a minha visita. A primeira de muitas, tenho agora a certeza.
Faz parte do convento, claro, a sua igreja e só ela merece basto tempo de contemplação, estonteante que é de ouro e azul. Sentei-me e perdi-me nas horas. Ali houve empreita ao tempo de D.Pedro II e de seu filho, D.João V, só pode, tal sua sumptuosidade barroca.
Não há museu em que não passe pela sua loja, procurando tudo o que possa valer para alimentar a minha curiosidade sobre o que me interessa e inspira. A cerâmica de revestimento é um desses temas, mas os olhos pousaram irremediavelmente nesta alface, obra de Tara Bongard. Confesso a minha ignorância sobre esta escultora/ceramista que vim a saber ser inglesa e que vive há já muitos anos no Algarve com o seu marido Sylvain, ele suíço e também criador, mas a sua alface foi o bastante para querer saber mais. Chegado a casa “googlei” o seu nome e logo entrei no mundo fascinante do casal. Quero-os no “Você na TV”, quanto antes, para partilhar consigo o que de mágico sai do barro, da imaginação e de tão inspiradas mãos.
De alface, fui para o Chiado (e se ela pesava!), para me enfiar na Bertrand. Queria comprar o terceiro livro da Carmen Dolores, saído agora, para o ler, como sempre ávido das suas memórias, e depois marcar nova conversa para o programa, e procurar por um outro sobre Estaline, do mesmo autor que recentemente escreveu sobre os Romanov (acabei de ler o primeiro dos dois volumes, editado em português pela “Presença”), o historiador Simon Sebag Montefiore, mas quanto a esse soube estar descontinuado, pelo que só mesmo em alfarrabista. Nem de propósito, sábado é dia de feira de livros usados e algumas raridades, mesmo na rua para onde a Bertrand esquina. A passo de caracol lá fui mirando capas e lombadas acabando por acrescentar às compras, não o desejado mas um de conversas entre António Ferro e Salazar e mais um outro sobre D. Carlos.
Ali no Chiado não faltam opções para bem comer, das mais estreladas e formais às mais descontraídas. Mas o que me apetecia mesmo era um terraço com vista para o Tejo. Por isso fui até ao último andar do Bairro Alto Hotel onde me satisfiz com uma salada de quinoa, agrião, requeijão e iogurte de amêndoa. Nos olhos os telhados de Lisboa, o lado de lá e o Tejo por meio.
O Chiado estuava nos seus trinta e três graus quando me propus regressar ao remanso. Em Fontanelas menos onze, o manto de nevoeiro continuava a cobrir o jardim e a casa, mas o sol já morava em mim.
É um prazer ler o que escreve. E não é que vi logo na primeira foto dos azulejos, o painel onde a Terra Lusa se inspirou para o eco-saco e para o mini chapéu de chuva?
Adorei!
Bom dia manuel luis hoje estive a assistir à conversa sobre o decreto lei que foi aprovado pelo pan . Devo dizer que aplaudo essa aprovação . Mas eu estou a escrever porque o canil municipal da minha zona que é viseu quem vai lá para adotar um animal tem que pagar o chip eas vacinas eu acho injusto, eu tenho 3 animais 2 gatas e um cao (cuca)(luna) e (kiko) que eu amo de paixao eu nao faço diferenciação deles e os meus filhos .mas eu tive um problema com a kuka que caiu e partiu uma pata fui à clinica do cantinho dos animais que pertense ao canil , eu sou uma pessoa com poucos rendimentos e perguntei se pra pessoas carenciadas nao havia apoios ou os tratamentos nao seriam gratuitos , eu disse que levava tudo o que fosse preciso pra comfirmarem em como eu nao podia pagar as despesas ,eles responderam que nao. Fizeram um desconto de sócio mas mesmo assim paguei 4o euros e a kuka nao foi muito bem atendida porque punham as talas ela chegava a casa eu pousava no chao e a tala saia logo. Eu desloquei-me la tres vezes para lhe recolocarem a tala , a ultima vez disseram que para ficar bem posta tinham que anestesiar como eu nao podia pagar nao o podiam fazer receitaram uns comprimidos pras dores nada mais e disseram que ela ia ficar a mancar . E sim ficou a mancar. Eu acho que deveria haver ajudas pra quem nao tem grandes rendimentos e que quer ter um animal . Eu amo os animais os que tenho resgatei da rua . As gatas nao estao esterilizadas e cao tambem nao porqe nao tenho condicoes financeiras pra isso .quando estao com o cio a familia nao dorme durante uma semana pra uma e outra semana pra outra . Mas nos aguentamos porque os amamos mais que tudo. Eu nao posso ver animais na rua abandonados quero levar logo comigo mas como nao posso desato a correr e chorar como podem fazer isto aos animais. Mas depois penso ate os humanos as pessoas abandonam quanto mais um animal. Mas esquecem que os animais tambem sentem , amam e sofrem como nós . Deveria haver ajudas pra quem quer ter e nao consegue esterilizar por exemplo porque e muito caro.eu nao consigo ajuda em lado nenhum pra esterilização das minhas meninas o ordenado do meu marido e de pouco mais de 600 euros e eu estou desempregada porque tenho uma doenca cronica e nao posso fazer esforcos e é complicado arranjar emprego. Obrigada . Bjs .se puder responder.
Boa Noite Manuel Luis adorei as fotos os azulejos são lindissimos, principalmente os de ceramica. Os azulejos pintados são normalmente como fotos, são as pessoas da epoca. A Srª M/ Mãe já lá foi varias vezes, quando ouve falar de uma igreja bonita, ela não descansa quanto não vai, e lembro-me que esta em particular deu “trabalho” a 1ª vez estava fechada e acho que foi 2ª sem conseguir, então procurou o telefone (sozinha) na lista telefonica, lá foi tentando até que conseguiu. E depois já lá foi com varias amigas. Aquela fica muito isolada e num sitio por onde normalmente passa-se mais de carro ou autocarro. Ah e acabar adorei o fato e os sapatos são lindos. Um Grande Abraço e muita saude.
Manuel
Sempre elegante, parece-me mais magro.
Bela reportagem, precioso tudo.
Carla
Também não conheço o museu do ajulejo.Através das fotos publicadas, fiquei a conhecer um pouquinho.Bem haja.Tudo de bom
Fantástico esse museu um dia irei visitar concertesa,admiro muito a sua maneira de ser,sempre uma pessoa simples e popular e o apresentador que mais admiro,gostaria imenso de o conhecer pessoalmente 😉 quem sabe um dia isso não aconteça.um grande abraço
Bom dia, Manuel, Luís!
Acabo de ler, no seu blog, a descrição sobre o museu do azulejo que visitou, por estes dias. As fotos são maravilhosas e despertaram em mim o desejo de uma visita demorada. Não me admiro da sua cultura porque vejo, através dos seus escritos, como gosta de saber tudo acerca do que vê e ouve. A maluquice que mostra com a Cristina, mais não é que uma faceta de uma pessoa que se adapta, facilmente, às circunstâncias, próprio de um ser inteligente. Continue a ser como é que eu gosto muito!
Obrigada,por dar a conhecer o museu do azulejo, pois não sabia da sua. Existensia,vou visitar logo que possa pois vivo em Cascais Por falar em Cascais, já conhece o novo museu .? Localizado no Parque dos museus em frente ao jardi ndarinha Um beijo. Fátima
Muito obrigada Manuel! Pelo ser humano que é!… E também por poder ver sítios e coisas através dos seus olhos… Um abraço
Olá Mauel Luís!
Sou eu outra vez ,não …não vou desisistir, eu sei que sou “chatinha”,mas como gosta tanto de ler, gostaria mesmo de lhe oferecer o livro “Os cães da minha rua” escrito pela minha amiga Soni Esteves.Como posso fazer para que o receba?
Se quiser saber mais pormenores sobre este livro e esta escritora é só ir ao blog; soniestevesblogspot.pt ou ao facebook à página “Os cães da minha rua”.Vá não se vai arrepender.
Um abraço
Aida Silva
Que sábado bem passado fui á pouco tempo ao Museu do Azulejo e maravilhei-me com tanto azulejo com cores maravilhosas e esculpidos com mãos sábias, adorei, obrigada Manel pela sua prosa onde vou muitas vezes buscar conhecimentos beijinhos
Boa tarde .Acho um ser humano maravilhoso.
Tudo de bom na sua e gosto muito de o ver na televisão xi
Essa ceramista é maravilhosa!! Tem uns coelhos em ceramica lindissimos para a casa do alentejo. Bjs
K beloo dia k passou Manel assim vale a pena, foi muito enriquecedor, continuação de um bom fim de semana e amanhã espero-o no você na TV um abraço
Adorei ver estes azulejos, é bom quando nós podemos fazer estes passeios, ainda bem que o pode fazer porque eu gosto muito de si e da CRistina, a minha TV
Gosto tanto de si
Obrigada por ser assim como é
bejinhos