Mais um lote de imagens de um passado distante que me leva a lembrar nomes e factos. E talvez se esclareçam, de uma vez por todas, algumas mentiras que, na altura, deram jeito a uns quantos. E logo a mim que só me interessa o futuro. Divirta-se!
1) Ainda hoje mo recordam, sempre que me dizem: ” … eu não perdia o Sebastião”. O programa, do qual resultaram várias séries, veio na sequência de um outro, também de culinária para crianças, que baptizei de “GOSTOSURAS E TRAVESSURAS”. Passava-se este em casa de algumas figuras públicas, com filhos ou netos, e entre receitas pensadas para um público muito jovem e histórias escritas pela Alice Vieira, e contadas por mim, lá se fazia a festa. Já no “Sebastião come tudo”, a ideia era a de homenagear a magnífica doçaria portuguesa, pelo que cada doce era representado por um actor ou actriz, neste caso foi a Cláudia Cadima mas poderia ter sido o Miguel Guilherme, o António Feio ou a Luzia Paramez, hoje dilectos artífices da arte de representar que tanto me ajudaram (estávamos todos a começar). A estrela maior do programa era sem dúvida o boneco Sebastião, interpretado, a partir dos textos do Eduardo Gomes, e manipulado pelo actor Pedro Wilson, filho do grande Mário Wilson, nome incontornável do futebol que recordo sobretudo quando ligado à Académica de Coimbra nos idos de sessenta, era eu na cidade a aprender a ser gente.
Foi um sucesso por via da novidade. O convite para fazer programas de culinária para crianças, da minha autoria, partiu uma vez mais da Maria Alberta Méneres e da Maria do Sameiro Souro, mas a estas mulheres decisoras terei de acrescentar o nome de Arlete Perdigão, enquanto apaixonada produtora que me acompanhou durante anos. Naquele meu tempo na RTP, as mulheres já se revelavam inexcedíveis em capacidade criativa e de trabalho. Olga Toscano, Teresa Paixão, Maria João Martins são alguns de entre muitos nomes que recordo com profunda gratidão.
2) As imagens seguintes dizem respeito a uma fatia importante da minha vida: o “PRAÇA DA ALEGRIA “. Curiosamente têm a ver com o primeiro de oito anos de apresentação do programa, quando esta era “partilhada” com a Anabela Mota Ribeiro. Vínhamos de um programa anterior, o “Viva a Manhã” também ele , produzido e realizado na RTP/PORTO. Não seríamos propriamente uma dupla, como hoje se entende e deseja, já que tanto um como outro tínhamos as nossas próprias conversas, consoante os temas e os convidados. Lembro que a Anabela, que havia começado na apresentação televisiva justamente comigo, no ano anterior, revelou desde logo grande avidez cultural, já nela fermentava o interesse pelas áreas que hoje, como jornalista, trabalha com mestria. Não quis, porém, prosseguir naquele registo, vindo a impôr-se com grande qualidade noutros programas como, por exemplo, o “Falatório”. Por isso no segundo ano do “Praça da Alegria” haveria de ser contratada uma jovem já com provas dadas na área da dança, outra das suas paixões: a Sónia Araújo. Até à minha saída do programa mantivemos-nos unidos, eu na condução das conversas, a Sónia na apresentação de todos os momentos musicais. A divisão de tarefas foi clara desde o primeiro momento da sua contratação. Basta para isso consultar a ficha técnica do programa. Chegámos a celebrar juntos 1500 programas.
Deixei o Praça da Alegria há doze anos e ainda hoje sou confrontado com perguntas do género: “voltaria a trabalhar com a Sónia, apesar de terem ficado zangados?”. E eu pasmo perante uma mentira repetida inúmeras vezes que se enraizou como verdade. É sempre assim! Nunca houve zanga alguma entre nós. A minha saída do programa deveu-se a ter trocado de estação e isso terá, na altura, certamente incomodado a minha colega, por nada ter sabido acerca das negociações em curso, entre mim e a TVI (só os interessados sabiam, o segredo é a alma do negócio). Perante a minha saída inesperada teve de assumir, pela primeira vez, o comando da emissão e fê-lo de tal forma que não mais o deixou, ainda que partilhando-o com Jorge Gabriel. Nascia assim um dupla de primeira linha, inevitavelmente ligada ao programa das manhãs da televisão pública. Lembro-me desse primeiro dia em que a Sónia apresentou o programa, eu havia-me despedido dos espectadores com um “até amanhã”. Impedido de regressar no dia seguinte, por já ter assinado com a TVI, a Sónia começou o programa daquela terça-feira com a frase, nítida e compreensivelmente encomendada, “O Manuel Luis Goucha abandonou a Praça da Alegria,”. A bomba estava lançada. Foi curioso verificar, dez anos depois, quando o João Baião saiu da RTP, por ter assinado pela SIC, que o tenham deixado permanecer no programa da manhã por mais uma ou duas semanas para se despedir dos espectadores e da colega (outros tempos e outras cabeças). Por outro lado começou a surgir um “diz que disse”, em alguma imprensa, sobre uma presumível má relação de trabalho entre mim e a Sónia. Porque é que nunca lhe perguntaram se era verdade? Macular a minha imagem profissional interessava à RTP/Porto da altura, preocupada com uma hipotética deslocação de audiências, que aliás não se veio a verificar. O público entendeu a minha saída do “Praça da Alegria” como uma traição e eu levaria ainda alguns anos a conquistar, de novo, a preferência dos espectadores da manhã, agora ao lado da Cristina.
Por mim não nunca houve contenda possível, pelo que dou por encerrado este relho assunto.
3) Já nem me lembrava de ter apresentado tal Gala dos Prémios Bordalo, ao lado da Maria João Carreia, profissional da RTP/PORTO. Foi no Casino Estoril e pelo visto teve transmissão em directo. Valeu, para recordar a simpatia de uma colega.
4) As últimas imagens do lote têm a ver com uma entrevista feita pela Ana do Carmo para o seu programa COMPANHIA DOS ANIMAIS e se bem que tenha sido eu a botar faladura a estrela foi o George, um irresistível “basset-hound” que durante muito tempo encheu a minha vida.
O tempo passou… e Manuel Luis melhouu…
Gosto muito de si!
Beijo e abraço
Isabel Santos
Adoro o Manuel!
Tenho 40 anos, cresci assistir aos seus programas e acho que é um Grande Senhor da Televisão.
Parabéns por ser o grande comunicador nato que é.
Obrigada pelo seu contributo à televisão em portugal.
Bem haja Goucha.
Beijinhos e seja sempre feliz
Olá Manel,
Continuo a rir às gargalhadas com o seu grande humor e com a Cristina.
Grande par televisivo e devemos sempre mostrar o que somos, como somos e o resto é conversa neste País de “M—-“.
Beijinho e continuação de boa disposição
Teresa
É tão surpreendente e curioso ver estes programas antigos o e Manuel Luís parecer muito mais velho então, do que agora! Continue a rejuvenescer e a ser o profissional que tem sido. Beijinhos.
Gouxa a Sónia já várias vezes disse que não está zangada com o “senhor”. Mas felizmente a Sónia sabe estar.Não lava roupa suja na praça como o “senhor”. Tanta indignação só me leva a pensar que fica muito incomodado com essa altura em que traiu em 1º lugar os espectadores,depois a colega e a RTP. A RTP que o lançou na televisão.A Sónia aguentou o programa sozinha e depois com o Jorge fizeram uma dupla sóbria que não precisa de brejeirices e berros constantes para ter sucesso. Se não fosse a equipa de marketing que a TVI tem,nem o Gouxa nem a saloia teriam as audiênicas que tem. Mas pronto é o povo que temos
O povo do qual o senhor (?) faz parte porque insiste em não entender.
Goucha com ch, se não se importa já agora.
Não percebi nada e tenho um QI elevado…Quem é a “saloia”? Outra dúvida: Porque fala desta forma senhor Ricardo?
Ó Dª Paula, então não sabe quem é a saloia?
E tem a Srª um QI elevado…
Manel acabei de ver algumas partes do a tarde é sua gostei muito sempre o admirei é um grande ser humano o maior apresentador em qualquer programa seja em que horário fôr e qualquer canal tocou-me muito a parte da violêcia doméstica sabe brincar e falar a sério com classe eu também sou filha de pais que separam pouco antes de eu nascer fui criada pelos meus avós que adorava mas gostava muito dos meus pais apesar dos meus avós me darem tudo não tive uma infâcia feliz o que fez com que casasse aos 16 anos e mãe aos 17 adoro o meu filho e a minha filha que me deu as minhas netas gémeas que são a luz dos meus olhos a minha vida nunca foi fácil por vários motivos hoje tenho 67 anos tento ajudar nem que seja com um sorriso ao longo da minha vida quantas vezes ria e por dentro chorava consigo graças ao meu sangue de actriz pois o meu pai foi um grande actor que não me deixou ir para o teatro para me proteger mas tive muita pena gostava muito de o conhecer fiquei encantada de o ver hoje
um carinhoso abraço
Obrigado Isolete e um beijo
Goucha sou uma grande admiradora sua,sou uma Brasileira que vive cá em Portugal e tenho um Luso-Brasileiro..não perco nenhum dia o seu programa com a Cristina e dou boas risadas com vocês.. Desejo imenso sucesso e que você continue sendo esse Homem admiravel e humilde.. Amanhã dia 29/07 completo 24 anos,meu sonho era podee realizar o sonho da minha sogra que já faleceu,mais os conheci atraves dela,pois era uma grande fãn e nunca perdia um dia vosso programa e tinha bastante vontade de ir os ver pessoalmente,mais infelizmente o cancro não deixou ela realizar todos os seus sonhos.. Te desejo tudo de bom Goucha e quem sabe um dia eu chego a conhecer você.. Beijinho de uma grande admiradora vossa !!
Um beijo Sâmera e obrigado pelas suas tão amáveis palavras.
…afinal já era menino, com sua graça…! tinha-o como sisudo…
gostava da Anabela Mota Ribeiro
hoje em dia adoro-o, é um galã …
simpático, inteligente (quase uma enciclopedista) lol
bom conversador…
gosto tanto qdo se escangalha a rir
enfim tanta coisa
e era bom q n saísse do pé da Menina Cristina…uma parceria e tanto… tanto k, deixo por vezes coisas por fazer p “estar convosco” abraço… menino MANEL… SIM menino, n consigo de outra forma… e por vezes é criança… q o torna mais atraente…
Obrigado Ermita.
Olá Manel.
É tão bom recordar estes momentos. Lembro-me do Sebastião, do Gostusuras eTravessuras…lembro-me de discutir com a minha mãe porque queria ver os seus programas e ela queria que eu fizesse o serviço domestico. E fiz “birra” para a convencer a comprar o seu livro “Em Banho Manel”…
Sabia que a minha avó dizia que gostava muito de o ver porque falava de uma forma que ela entendia, vestia muito bem e tinha o cabelo sempre bem cortado? … Já reparou que sou sua fã há mais de trinta anos!!!
Aprendi tanto consigo. Tanto, tanto.
Gosto muito de si. Incondicionalmente.
Até dia 10 de Agosto. Love you. :-*
Há tantos anos que o “conheço”,conhecia da tv e até nem lhe achava piada,confesso.Mas,há mais de 12 anos que me “apaixonei”.Primeiro pelo apresentador da praça da alegria que depois me fez segui-lo para a tvi.Depois conheci-o e aí a “paixão” transformou-se mesmo em PAIXÃO!PAIXÃO pelo ser humano fantástico,amigo do seu amigo.Amigo dos animais e com um coração tão grande que nem sei como não lhe salta do peito.Ah,é verdade,já lhe tinha dito que gosto muito de si???acho que não 😉
Eu tal como o Manuel Luis, só me interessa o futuro, mas fiquei extasiada com as suas palavras nas duas Saladas, qualquer delas são de comer e chorar por mais, dando um ar divertido ao assunto claro. Tenho 68 anos e fiz uma retrospectiva perfeita ao tempo em que o pequeno ecrã nos preenchia completamente com profissionais de ‘mão cheia’ . Claro que os tempos são outro e as cabeças são outras como diz e muito bem. Parabéns por ser a pessoa que é, e os ensinamentos que teve com tantas pessoas de valor não teriam resultado se o Manuel Luís não tivesse a capacidade para os absorver e os valorizar ainda mais.
Espero continuar a vê-lo assim por muitos anos….talvez não muitos!!!! E lembrei-me de um texto da minha infância escolar :
O velho, o rapaz e o burro
O mundo ralha de tudo,
Tenha ou não tenha razão :
Quero contar um história.
Em prova desta asserção.
Descia um velho campónio
Do seu monte ao povoado ;
Levava um neto que tinha,
No seu burrinho montado.
Encontra uns homens que dizem:
– olha aquele que tal é !
Montado o rapaz que é forte,
E o velho trôpego, a pé!
– Tapemos a boca ao mundo.
O velho disse: Rapaz,
Desce do burro que monto,
E vem caminhando atrás.
Monta-se, mas dizer ouve :
– Que patetice tam rata !
O tamanhão, de burrinho,
E o pobre pequeno, à pata!
– Eu me apeio, diz prudente
O velho de boa fé ;
Vá o burro sem carrego,
E vamos ambos a pé.
Apeia-se e outros lhe dizem:
– Toleirões, calcando lama !
De que lhes serve o burrinho ?
Dormem com ele na cama ?
– Rapaz, diz o bom do velho,
Se de irmos a pé murmuram;
Ambos no burro montemos,
A ver se inda nos censuram.
Montam, mas ouvem dum lado :
– Apeiem-se, almas de breu !
Querem matar o burrinho ?
Aposto que não é seu.
– Vamos ao chão, diz o velho,
Já não sei que hei-de fazer !
O mundo está de tal sorte,
Que se não pode entender.
É mau se monto o burro,
Se o rapaz monta, mau é,
Se ambos montamos é mau,
E é mau, se vamos a pé !
De tudo me têm ralhado ;
Agora que mais nos resta ?
Peguemos no burro às costas,
Façamos inda mais esta.
Pegam no burro : o bom velho
Pelas mãos ergue-o do chão,
Pegua-lhe o rapaz nas pernas,
E assim caminhando vão.
– Olhem dois loucos varridos!
Ouvem com grande sussurro,
Fazendo às avessas,
Tornados burros do burro !
O velho então pára e exclama:
– Do que observo me confundo!
Por mais que a gente se mate,
Nunca tapa a boca ao mundo.
Rapaz, vamos como dantes,
Sirvam-nos estas lições ;
É mais tolo quem dá
Ao mundo satisfações.
Curvo Semedo
Desejo-lhe as maiores felicidades
Beijinhos
Alda
Pode crer Manuel quando deixou a praça eu vivia em Bruxelas, e foi um desgosto enorme, liguei para o trabalho do meu marido toda nervosa! O Manuel tinha nos deixado! Foi uma tristeza!!!
Um beijinho
Clara
Um beijo Clara e desculpe-me por há doze anos, mas a vida é feita de desafios. E há que agarrá-los.