Só não acerto no Euromilhões (também como?! se não jogo…). Logo no primeiro dia de gravações do MasterChef Junior, ainda em Janeiro, previ que os espectadores se iriam apaixonar pelo Pedro Jorge e foi o que se viu, até jornais como o “Diário de Notícias” ou revistas como a “Visão”, nas suas edições online, deram conta do fenómeno de popularidade que havia nascido na estreia do programa. De igual modo previ o desalento com que os mesmos espectadores iriam receber a notícia da sua saída, à quinta semana de competição , culpando jurados e produção de uma tremenda injustiça. Foi a notícia mais vista e difundida nas redes sociais (!!!). E logo nos fizeram “ver” o descabido da decisão, nem sempre com palavras simpáticas, que isto a quente já se sabe: que o petiz tinha graça, que era espontâneo e autêntico, bem diferente que um outro que ainda permanecia em competição, que o programa só perdia com a sua saída, blá, blá, blá, blá … como se fossem os comportamentos ou as personalidades de cada um a ditar a nossa avaliação. Claro que o Pedro Jorge encerra em si um conjunto de qualidades que muito apreciamos: generosidade, simpatia, afabilidade, alegria, para além da sua rechonchudez, que numa criança é sempre visto como fofura, mas convenhamos que denota um problema sério da nossa sociedade, o da obesidade infantil, e não é caso único, mas meus amigos entendam que esta é uma competição televisiva de culinária, um jogo se preferirem, em que consoante o desempenho em cada prova assim se vão somando pontos, que decidem do futuro do concorrente. No domingo passado o Pedro Jorge por inabilidade (não lhe correu bem a primeira prova, a dos doces de abóbora), e algum azar (na última prova integrou a equipa perdedora), viu-se, a par da Carolina, com a menor pontuação e por isso saiu de competição. Tão simples e conforme as regras estabelecidas, seja no MasterChef Junior de Portugal seja no seu congénere chinês.
Os concorrentes ainda em competição, e são dez, quando começaram a primeira prova do sexto programa, já refeitos da saída do Pedro Jorge, que aquilo “dá-lhes forte e passa depressa”, não sonhavam com a ida a Alcobaça no dia seguinte, muito menos com a prova de repescagem onde iriam ver, de novo, todos os ex-companheiros. Foi divertido ouvir sobretudo os comentários dos mais descarados (a Ana, a Maria…) sobre quem seria a figura televisiva que estava de costas, quando entraram no cenário de fantasia, aquele que a chamada “food-team” cria com imaginação e dedicação, domingo após domingo, e que dita sempre o mote da primeira das provas. “É a Cristina Ferreira, claro!”. “Veio ter com o tio!”, como que a dizer que o Roque nunca anda sem a amiga. “Não pode ser, esta é mais baixa”… e era mesmo, já que era a Isabel Silva a convidada, que a ideia seria falarmos de cozinha saudável e pô-los a cozinhar pratos de legumes, leguminosas e cereais, sem uso da carne ou do peixe, sabendo que a Belinha é paladina desse tipo de alimentação. O desafio era por isso exigente, talvez ainda mais que o habitual, mas os nossos mini-chefs provaram uma vez mais que sabem do assunto e, por isso, surpreenderam convidada e jurados.
Terminada a execução das receitas, enquanto os jovens saem do estúdio/cozinha para gravarem depoimentos, passamos pelas bancadas e provamos um pouco de cada receita, como que numa primeira avaliação, para percebermos quais as cinco melhores, as que merecem uma segunda apreciação com vista à pontuação. As cinco propostas mais apelativas foram sem dúvida as do Tomás, Rosarinho, Kiko, António e João Mata. Este apresentou-nos uma lasanha de legumes arrebatadora de textura e sabor, merecedora por isso da pontuação máxima de seis pontos, logo seguido do caçula António, que nos preparou umas chamuças com guacamole, deliciosas. Impressiona realmente ver como um miúdo de oito anos se desenvencilha com tamanha destreza e qualidade de uma exigente prova culinária.
Quem passa por Alcobaça…
A segunda prova decorreu num dos mais sumptuosos cenários que o nosso país tem para oferecer: a Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça.
Foi em 1153 que Afonso Henriques, nosso primeiro rei, resolveu doar os territórios conquistados aos mouros, numa extensão de mais de 40.000 hectares, englobando 14 vilas e três portos de mar, a frei Bernardo, abade de Claraval, para que este ali fundasse uma Abadia da Ordem de Cister. O fito de Afonso seria político, no contexto da consolidação da independência do reino, dada a influência de Bernardo de Claraval em questões públicas e políticas junto do Papa. Inocêncio II declara Portugal tributário da Santa Sé e Alexandre III, em 1179, reconhece-o como país independente e soberano sob a protecção da Igreja Católica. Frei Bernardo morreria nesse mesmo ano e também por isso o início da construção da Igreja demoraria vinte anos, sendo o templo inaugurado apenas em 1222, quase setenta anos após a doação dos coutos de Alcobaça. O Mosteiro como é conhecido levaria séculos a ser construído, apresentando por isso diversos estilos arquitectónicos, do gótico ao manuelino.
A imponência do local exigia roupa a condizer, daí que os concorrentes se tenham apresentado impecavelmente vestidos, até porque não teriam de cozinhar, antes pelo contrário, seriam servidos em mesa bem posta com convidados especiais (Diogo Amaral, Ana Sofia, Sílvia Rizzo e Paulo Inácio, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça) e com uma ementa de grande categoria. Mal eles sabiam que preparada pelos ex-companheiros de competição, a pares. Confesso que não segui, como sempre faço, a execução da prova, incumbido que estive durante hora e meia de guiar os concorrentes numa visita aos espaços mais importantes do Mosteiro: a Igreja, o claustro do silêncio, o refeitório, e como não poderia deixar de ser a sua imponente cozinha, só por si um verdadeiro templo à glutonaria, no dizer de William Beckford, escritor, político e aristocrata inglês, aquando da visita que fez ao Mosteiro, na segunda de três estadas em Portugal, no decorrer do século XVIII. Foi divertida, muito divertida, esta visita. Procurei cativá-los com as histórias que cada espaço encerra e foi vê-los entusiasmados, a ponto de um ou outro me desejar como professor de História (exagero, claro). Quem não achou graça foi o padre, por nos ver ali e com câmaras, chegando a pôr em causa até as autorizações que tínhamos de quem tutela o Monumento, mas a estas figuras da Igreja, cheias de si, já me vou habituando, sem lhes ligar peva. Estranho é que sendo jovem tenha tiques de uma certa prepotência que julgava erradicada com os idos de Abril.
O bom “filho” ao MasterChef torna!
Enquanto isso os ex-concorrentes afadigavam-se no preparo de uma refeição de grande exigência e os elementos da “food-team” erguiam na praça fronteira ao Mosteiro uma mesa corrida, vestida com atavios luxentos. Quando os pratos começam a ser servidos percebemos, imediatamente, que a tarefa de escolher o melhor não seria coisa fácil, dada a qualidade de confecção, sabor e empratamento do que nos era dado a provar, fruto por certo do interesse de cada par em regressar à competição, mas também do quanto aprenderam enquanto estiveram no programa, entre acções de formação e desafios. Quando os concorrentes à mesa percebem quem cozinhou instala-se a festa! Foi hora de amaciar saudades. Seria a “tarte tatin”, um clássico da pastelaria francesa, ali feita com as maçãs da terra, a decidir o regresso da Gabriela e do Pedro Jorge. E logo previ o contentamento de quantos na semana passada contestaram a saída. Foi um dia memorável, pela visita ao Mosteiro, pela simpatia dos alcobacenses, que não arredaram pé da praça onde o almoço decorreu e pela alegria à mesa. Não imaginam o que é ter uma Sílvia Rizzo por perto, com o seu tropel de inspirados trocadilhos.
Mas as emoções não ficariam por ali. A prova seguinte iria ditar a saída de competição de dois concorrentes, sendo que um deles também se destacou no MasterChef Junior, desde o primeiro dia, se bem que por razões bem diferentes das do Pedro Jorge.
Querido(s) encolhi os jurados!
Pois é, desta vez saiu a Leonor, a pequena e afoita Leonor, já esgotada de tantas semanas de provas e pressão, a par dos estudos e das aulas de ginástica que não descurou. É das concorrentes que marca este MasterChef Junior. A prova de eliminação revelou-se mais difícil que o esperado para muitos concorrentes, nomeadamente para os que já percebemos serem os mais fortes e consistentes. Neste momento em que tínhamos dez concorrentes, ainda em competição, sabíamos pelo menos de cinco que poderiam chegar à final. Curioso, quando a receita escolhida pela Gabriela e pelo Pedro Jorge era a mais fácil de entre as três hipóteses que tinham a ver com a cozinha da memória dos jurados: arroz de pato, com o marreco desfiadinho, sempre foi das receitas que mais aprecio, filetes de polvo com arroz do mesmo, pelo visto é coisa do agrado do Chef Rui Paula e, por fim, a que nos remetia para a infância do Chef Miguel Rocha Vieira, salsichas frescas em couve lombarda. O jeito de chegarmos à escolha da receita para a prova foi diferente e criativo. “Encolher” os jurados revelou-se uma ideia original pelo que suscitou os mais divertidos comentários. Como todos eles são gravados, à parte, fora da cozinha, acabo por os ver, tal como o espectador, só no momento da emissão, pelo que sou surpreendido, domingo após domingo, pela sua graça e irreverência. Tenho que só os comentários gravados davam horas de programa. No momento de decidir quem sairia junto com a Leonor não nos restavam dúvidas, o Gonçalo não merecia continuar em prova.
Logo no primeiro programa o Gonçalo revelou-se um candidato de forte personalidade. Lembro-lhe o que me disse quando se viu apurado como concorrente: “já sei o que vou fazer na final!”, revelando ali grande confiança em si próprio. Na segunda prova, já na cozinha do MasterChef, percebemos que os seus conhecimentos teóricos de culinária são vastos e que gosta de os exibir. Não tardaria a percebermos, também, que na prática as coisas não lhe corriam de feição. Perdendo o norte no meio do muito que quer sempre mostrar, para impressionar júri e “arrasar” concorrentes, acaba por meter os pés pelas mãos, ficando-se sempre pela metade do que nos havia proposto. Não tenho dúvidas em afirmar que o Gonçalo tem tudo para ser brilhante, por enquanto é um jovem em plena formação de carácter, por isso acredito que experiências como esta do MasterChef possam ser benéficas, se aprender que a Vida faz-se de também obstáculos e fracassos. Que a Vida vale a pena através do afecto e do respeito pelo outro e pelas suas diferenças.
MasterChef, sénior ou júnior, é um programa de televisão. Qualquer concorrente sabe ao que vai, sendo que no caso dos jovens terão de ser os pais a ter esse entendimento. Consoante a personalidade de cada um, assim temos, também aqui, a figura da “princesa”, do “galã”, do fofinho, do “vilão”…
O Gonçalo, dada a sua personalidade, pôs-se a jeito, não vale a pena culpar a edição, e por isso foi “diabolizado”. Porque nisto da televisão também quem a vê apaixonadamente acaba por não ter o necessário discernimento para destrinçar o espectáculo da realidade.
Gostaria de lhe dizer que amanhã no “Você na TV” vamos receber a Leonor e o Gonçalo, como sempre acontece com os jovens que entretanto vão saíndo da competição, mas ficaremos apenas com a menina de Aveiro. O Gonçalo não estará presente, como já não tinha estado na gravação da final do programa, que é quando todos os concorrentes se voltam a encontrar para a grande festa. Para bom entendedor…
Na próxima semana:
Com o próximo MasterChef Junior vamos à lua! Venha daí também!
Olá Manuel Luis Goucha, desde já a minha admiração pela sua forma de ser, de estar e o meu agradecimento por tudo quanto nos dá de si. E acho que é em programas com crianças que nos revela ainda mais da sua personalidade. Noto nas suas palavras uma certa admiração pelo Pedro Jorge, perfeitamente natural, a mim também me cativou desde o primeiro minuto, com a sua alegria, humildade, boa disposição e onde se revela a ausência (felizmente) de arrogância, da concentração do ‘eu’. Não quero com isso dizer que tenha alguma preferência por esse menino, nada disso. Por aquilo que sempre vi em todos os programas, o Manuel é de um enorme carinho para com todas as crianças, dando-lhes aquilo que eles necessitam naquele momento, incentivo, motivação, amor, alegria e palavras que os ajudam. Mas acho que o PJ é muito parecido com o Manuel Luis na sua humildade, alegria, bom humor, nas suas ‘tiradas’ engraçadas, no à-vontade. E na genuinidade. 🙂
Muito se fala também do Gonçalo, da sua arrogância, de uma certa ideia de que o mundo gira à sua volta, algo que, acredito ter sido incutido por aqueles que lhe dão a educação e lhe deveriam transmitir os melhores valores. A cada programa via e ouvia acções/palavras daquela criança que mais não são do que o fruto de uma educação. E, senão vejamos, em uma certa publicação a mãe do menino diz que teve de viajar para o México até os ânimos acalmarem: “Quisemos tirar o Gonçalo daqui. Vamos ficar até à próxima semana”… “É um horror o que estão a fazer, os insultos ao meu filho”, afirma. Acho que esta citação parece revelar, e desculpem pois posso estar errada, que se compensam tristezas com bens materiais, férias no estrangeiro, etc. Talvez por isso seja uma criança que não gosta de abraços. Possivelmente e não quero estar a emitir juízos, esta criança é compensada com bens materiais em vez de abraços e carinho; ou, em vez de aprender que a vida tem sucesso e fracasso e que os fracassos não são mais do que aprendizagem para sermos melhores, aprende que o fracasso não se enfrenta e aceita, foge-se e arranjam-se desculpas.
Gosto de todas as crianças concorrentes, todos tão diferentes uns dos outros, uns mais engraçados, uns mais doces, uns mais caladinhos e tímidos, outros mais desinibidos e alegres, mas todos especiais. Claro, pelo PJ um carinho muito especial pela sua maneira de ser. E peço a quem lê que não coloque o Tomás no mesmo ‘saco’ que o Gonçalo. É verdade que já houve um episódio não muito famoso para o lado dele, logo no início, mas tem revelado talento e, talvez venha a revelar-se agora, sem a influência do Gonçalo. 🙂
Apenas sobre si ML, espero que continue sempre assim 🙂
Contra ventos e marés… o ML é genuíno, alegre e vê-lo nestes programas, é garantidamente, programas que nos falam de alegria e divertimento.
Beijinho
Obrigado Ruth pelas suas palavras. Sim, realmente hoje somos capazes de entender o porquê de algumas atitudes do jovem Gonçalo. Um beijo
Manuel Luís Goucha, sou sua fã, adoro os seus textos, já mencionei num comentário acima que esse texto em especial está perfeito, você é muito sensato no que diz. Adoro você!!
Adoro este programa!
Os miudos são na maioria uns pequenos grandes queridos. Com tão tenra idade fazerem o que eles fazem não é para qualquer criança, nem para qualquer adulto! Foram escolhidos a dedo. O pedro Jorge é uma barrigada de rir, é mesmo querido e humilde, ao contrário de um outro concorrente que na minha opinião para além de aparentar vir a ser um bom cozinheiro, não tem humildade, e não aceita ser menos do que ninguem, passa por cima de tudo e de todos, o que para uma criança da sua idade é muito mau. Foi pura maldade o que fez com o outro concorrente que acabou por ser expulso muito graças á sua pura maldade e inveja. Não se pode deixar que crianças como este rapaz sigam a vida desta forma, pois cabe aos pais lhes darem a educação que ele não tem. Lamento dizer isto assim, mas a realidade é esta. Não há forma bonita para um pai de ouvir que o filho é mal educado, cabe a eles indicarem o rumo da melhor direcção que é o futuro do seu filho. Que ganhe o melhor, são o máximo. 🙂
Olá MLG,
Gostei do programa por várias razões. ADOREI!
Pedro Jorge – ainda bem que te foi dada a oportunidade de voltares, boa sorte!
Subscrevo o comentário do prof.Vasco Guimarães.
Um abraço, domingo há mais!
Manuel Luís, gosto de si. Desde os tempos em que usava bigode e nos presenteava com “Coisas Doces sem açúcar”. Gosto da sua paciência para algumas crianças com algum deficit de educação e de comportamento em sociedade. Penso que em relação ao programa em si, deveria contemplar a classificação desde o início, porque a pontuação baseada num único programa/ fim de semana, permite que os candidatos mais fortes, mediante uma prova menos conseguida, tenham a expulsão à porta. Seria mais justo uma sistema de pontuação semana após semana (cumulativo). Fiquei feliz pelas expulsões deste fim de semana, apesar alguma mágoa pela Leonor, mas… é a vida. Espero que no futuro melhorem o formato do prograa, nomeadamente ao que diz res+peito à classificação (que deveria ser contínua).
Obrigado João pelo comentário. Quanto à questão dos pontos, as regras são internacionais. É assim em qualquer MasterChef Junior. Acho bem que em cada programa a pontuação volte a zero, dado que cada programa vale por si enquanto desafio, o que não invalida que saiam os menos bons. Aliás é isso que tem acontecido, os melhores mantém-se em competição.
Boa noite Manuel Luís Goucha,
Antes de mais muito obrigada pelo seu trabalho no Masterchef. É sem duvida um programa de excelência!
Gostaria de lhe deixar um agradecimento muito profundo pela maneira como recebe as crianças nos seus braços depois de receberem a notícia da expulsão. Se bem me recordo, o Manuel abraçou todos os meninos com o maior dos carinhos, como se de um Pai se tratasse. Se a minha filha estivesse no lugar de uma dessas crianças eu ia ficar-lhe imensamente grata por isso. As palavras e o carinho que lhes dá naquele momento são de um valor que não imagina. Para as crianças que se deparam com uma noticia menos boa e para os pais dessas mesmas crianças que certamente gostariam de correr para elas e fazer o que o Manuel faz tão bem!
São estas pequenas coisas que fazem de si um Senhor!
Muito obrigada!
Obrigado Claudia pelas suas palavras. Um beijo
Boa tarde, Manuel Luis Goucha
Tenho uma filhote de 10 anos e um filhote de 14, são, tal como eu, fãs do programa. Adoram o Pedro pela sua doçura, simpatia e humor. O programa proporciona-nos momentos com muitas gargalhadas. Os meus filhos perceberam logo, desde início o caráter do Gonçalo, infelizmente identificaram colegas da escola com o mesmo tipo de ‘personalidade’. Infelizmente há muitos Goncalos…obviamente, como mãe, tenho a certeza que os únicos responsáveis pelos valores e princípios que são incutidos aos filhos, são os pais. Eles são o reflexo do que lhes mostramos, são umas esponjinhas…
Um menino que não gosta de abraços, de demonstrações de carinho, tem alguma carência afetiva e há coisas que se mostra agora ou será tarde para este menino…a vida vai ensinar-lhe….
Muitas crianças cruzam-se com estas, que também servem como exemplo do que não devem ser e fazer, foi assim que os meus filhos olharam para este menino…alguém que age mal e com quem não se identificam…graças a Deus.
Peço desculpa por me intrometer neste seu espaço, mas aprecio muitíssimo ver o Masterchef e, sendo professor, fico surpreendido pela habilidade culinária dos pequenos petizes, mas ainda mais pela sua habilidade para lidar com as crianças de forma consistente, assertiva e humana. É também essa a postura que procuro assumir enquanto educador nas nossas escolas e vejo neste programa um excelente exemplo do quão positivamente “frutuosas” poderão ser as ações das nossas crianças quando devidamente acompanhadas por pais e educadores (sociedade incluída) que acompanham, apoiam, mas também exigem e responsabilizam. A este respeito, invoco o tão falado nome de Gonçalo, o menino de discurso insolente que mais não será do que, permitam-me, produto de uma educação excessivamente protetora, em que o peso do “Eu” é sobrevalorizado e a autoestima excessivamente cultivada. É que, Manuel Luís, eu que não sei tudo sobre pedagogia (e muito menos sobre educação), vejo quotidianamente na minha escola pais que “endeusam” os seus filhos (quase sempre únicos, por via também das dificuldades inerentes à economia e que eu também sinto sobremaneira). Nesta coisa de dar substância a um ser humano, acompanhando-o no seu crescimento é como na cozinha, o “q.b” deverá estar presente com assiduidade e o excesso de autoconfiança nunca será um bom ingrediente, pelo contrário, abafará os restantes, tornando-se omnipresente. Parece-me ser este um caso semelhante aos que vou verificando na escola onde trabalho: pais que não preparam os filhos para falhar, reposicionando-os constantemente no lugar que ocupam na sociedade (um entre os demais), não podendo ser sempre a “cereja no topo do bolo”.
Totalmente de acordo consigo Vasco Guimarães.
Olá Vasco
Muito obrigado pelo seu comentário. Concordo inteiramente consigo. Um abraço
O texto do Manuel Luís é perfeito e o seu comentário vem complementar. Gostei muito do seu comentário.
eu gosto muito do programa ,acho que todos tem grande talento para ser grandes chefes de gastronomia no futuro beijos para todos .
Obrigado Andreia pelo seu comentário. Um beijo
Sou uma fã incondicional deste programa e confesso que também adoro o Pedro Jorge. Acho-o um miúdo completamente genuíno, humilde e cheio de alegria. Aos domingos, não consigo não ver o programa porque o Pedro transmite mesmo essa alegria, passa-a para cá e anima qualquer pessoa. No entanto, e tendo eu apenas vinte e um anos, acho absurdo haver tanta gente -ainda por cima com filhos- a desrespeitar o Gonçalo. Não sou minimamente “fã” do miúdo e abomino muitas das suas atitudes porque relevam já alguns dissabores que uma criança não deveria criar dentro de si (inveja, competitividade, desrespeito para com os colegas). Mas a verdade é que se trata de uma criança e é absolutamente abominável a forma como muitas pessoas que se dizem adultas se referem a esta criança. É certo que “é de pequenino que se torce o pepino” e é nesta idade que ele começa a moldar a sua personalidade mas não é desrespeitando e, muitas vezes, humilhando uma criança em público que se a vai educar. Essa tarefa cabe aos pais e não ao público que faz comentários terríveis nas redes sociais. Porque uma coisa é não concordar com as atitudes do Gonçalo (eu também não concordo) e dar a sua opinião sobre elas. Outra é tratar o jovem “abaixo de cão” como já vi em muitos comentários. Há pessoas que fazem um verdadeiro “bullying” com aquela criança. Não se esqueçam que não é assim que se educa.
Parabéns pelo programa, Manuel! E, acima de tudo, por ser uma pessoa admirável!
Obrigado Cátia pelo seu comentário. É no que dá quando se vê apaixonadamente um programa de televisão.
Um beijo
Manuel Luís
Adoro os seus programas a sua forma de ser a maneira como se veste é GRANDE Manuel Luís .
Abraço
Carlota
Obrigado Carlota. Um beijo
Querido,
Sou do Rio de janeiro e adoro o seu programa.
Gostaria do email da sua produção para algumas sugestões.
Adorei ver o menino Pedro Jorge em seus talentos na cozinha.
Esse talento vai longe e torço para Elé ter um lugar só dele para não deixar de nos dar a sua alegria.
Bjs
Adorei o programa,
Adorei o regresso do Pedro Jorge,
e vou adorar fazer o os filetes de polvo com arroz do mesmo.
A saída…. é mesmo assim alguém tem de sair, apesar de achar o menino Gonçalo arrogante, prepotente, etc, etc… desejo-lhe do fundo do coração que seja um dia um grande chefe de cozinha e que seja reconhecido mundialmente pelo seu talento e sobretudo por se ter tornado um ser humano maravilhoso, que esta fase seita apenas uma fase e que tudo passará…..
Manuel Luís, muitos parabéns pela sua boa disposição…..
CP
Obrigado Carla
Um beijo
Obrigada Manuel pela sua descrição sempre impecável de tudo.
Eu adoro o Masterchef, principalmente o Júnior. São programas como este que sina me prendem à TVI, ao contrário de outros programas que nem esse nome deveriam ter e que denigrem este canal…
Adorei o facto do Pedro Jorge ter sido repescado, pois é realmente um menino incrível e com um talento inegável, tal como outros que ainda permanecem nesta cozinha.
Em relação ao Gonçalo, é incrível como uma criança tão novo já demonstre tamanha arrogância e maldade, no entanto, os filhos são um espelho que quem os educa…
O facto deste não ter estado com os seus colegas na final representa isso mesmo, pois até duvido que o Gonçalo não quisesse lá estar…não sei…é apenas um “feeling”
Continue a ser a pessoa espectacular que é e traga-nos mais programas assim de qualidade e que merecem estar em horário nobre, ao contrário de outros que deveriam ir para o ar apenas após as 24:00h ou então serem varridos da televisão
Um grande beijinh
Linda
Obrigado Linda pelo seu comentário. Um beijo
Manuel
Adorei!!
Que lindos estavam os pequenotes, tão elegantes.
Palavras sábias, opino igual.
Que a Vida vale a pena através do afecto e do respeito pelo outro e pelas suas diferenças.
Abraço
Carla
Olá Carla
Obrigado pelo comentário.Um beijo
O Manuel Luis Goucha, TAMBÈM 😀 nasceu para a escrita.
Gostei que o Pedro Jorge conseguisse regressar, ele é muito genuíno, espero que continue assim.
Para bem do menino, será bom que comece a ter regras na alimentação.
Beijinhos
Obrigado Fátima. Realmente gosto de escrever.
Fiquei contente com a reentrada do Pedro Jorge, embora soe um bocadinho a “arranjinho”.
Quanto ao Gonçalo, desenganem-se, nota-se quais os valores que lhe estão a ser passados. Nunca mudará, e a vida encarregar-se-à de o penalizar.
Obrigado Pedro. Mas num programa gravado em Março é impossível haver arranjinho. Um abraço
Parabéns Manuel Luís por sua sabedoria e por nos presentear com esta visita guiada pelo mosteiro de Alcobaça ninguém melhor que o Manuel para fazer isto. Parabéns pelo programa igualmente para os chefes Rui Paula e Miguel Rocha Vieira que eu adoro obrigada a todos por este programa que nos enche a noite de Domingo e também pela repiscagem do Pedro . Gostei da saída do Gonçalo ele é inteligente mas não é bom colega ,só pensa nele , por isso talvez o faça refletir a sua saída , ou não. Bjs
Obrigado Conceição pelo seu comentário. Realmente gostei da visita que fizemos ao Mosteiro. Foi uma vista de uma hora ou mais mas que em televisão resultou em breves minutos, É mesmo assim.
O Gonçalo é um miúdo mimado e sem cabimento.
Já deveria ter saído à mais tempo. Ao longo das provas foi prejudicando colegas para os prejudicar.
Na sua expulsão diz “gostava de ir à final com o Tomás mas claro ganhar eu”.
A educação vem de casa e um miúdo tão pequenino com essa arrogância não chegara longe.
Quanto ao Pedro Jorge adoro o no entanto acho que a repescagem não foi justa para os outros miúdos.
Antes de abrirem o envelope já sabia perfeitamente que era ele que ficaria.
Parabéns Sr Manuel Luis pela irreverência com que leva a sua vida.
Obrigado Luciana. O Gonçalo saiu quando tinha de sair, pelas provas culinárias prestadas e não por atitudes que possa ter assumido. Não avaliamos caracteres. A repescagem foi gravada em Março e nenhum dos jurados sabia quem a quem pertenciam as receitas provadas. Estivemos muito indecisos entre a entrada e a sobremesa.
Efectivamente é com pena que em tão tenra idade já sejam visiveis esses traços. O que mais me incomodou, foi aquele programa em que todos se abraçavam e foi preciso incentivar o Gonçalo a faze-lo. Ele é uma criança e como tal deveria ter um suporte familiar que o incentivasse a agir de outra forma, inclusive a estar na ultima gravacao. A gestao da “rejeicao”, do não sermos sempre os melhores é importante!! As vezes aprendemos mais em sermos os menos bons.
Obrigado Bruna.
Oxalá o Gonçalo venha a aprender a importância que um abraço pode ter.
Um beijo
li numa entrevista que a mãe do Gonçalo deu, em que dava a entender que o programa tinha sido feito para ter o seu filho como vilão. Chegou mesmo a dizer que foram feitas montagens. Ora se o Sr. Goucha escreveu aqui que o Gonçalo já não apareceu na ultima gravação, nessa altura ainda não se sabia que imagens ou “montagens” iam passar para fora,nem qual seria a opinião do publico, sendo assim isso chama-se MAU PERDER!!
Olá Rute
Quando a final foi gravada nem sequer o programa estava no ar. O programa está todo gravado desde Abril. Um beijo e obrigado pelo seu comentário.
Agora diga-me meu caro manuel luis goucha, em que semana é que os concorrentes sairam pela pontuação e nem sequer fizeram a prova de eliminação? Exatamente, na sexta semana decidem que os pontos (que todas as semanas são reiniciados, estupidez) é que contam para a saida dos concorrentes, neste caso o pedro jorge. Nesta semana voltamos a ver a prova de eliminação. Da que pensar certo ?
Olá Raquel. Obrigado pelo seu comentário.
Desde o primeiro programa que os concorrentes lutam por pontos e sempre saem de competição os menos pontuados. De igual modo em cada programa a contagem de pontos volta a zero, para que partam em pé de igualdade, nem faria sentido de outra maneira já que cada programa é um desafio novo. São regras, discutíveis certamente, mas não inventadas por nós.
Gosto muito dos nossos mini-chefs e de todo o programa em si mas na semana passada fiquei desiludido pela saida do Pedro , felizmente que ele esta semana foi rebuscado .
Só mais duas coisas
1- bem vindo Pedro Jorge
2 Gonçalo antes de seres chef michelin aprende a ser umilde , ja devias ter saindo há mais tempo.
Obrigado
Obrigado Victor pelo comentário.
Um abraço
Como sempre Goucha escreve e descreve os factos como ninguém.
Para bom entendedor de facto meia palavra basta, pena em tão tenra idade do Gonçalo ser já assim…
O regresso do PJ, uma alegria, que menino de ouro, sem dúvida uma rapaz de valores bem vincados.
Um beijinho de Leiria
Obrigado Carina pelo comentário.
Um beijo
Foi muito bom terem feito a repescagem. Esse menino fofinho, humilde, talentoso, com grande sentido de humor e sem um mínimo de arrogância mereceu o regresso e para mim é um dos potenciais vencedores. Parabéns a todos os miúdos e aos chefes pela forma como dão a volta a quem sai, pelo trato para com estas crianças, descendo ao mesmo nível e pelo programa em si, claro. Conheço poucos adultos com estas capacidades e talento para a cozinha. Inacreditável. Beijinho Manuel Luís, adoro o seu profissionalismo, personalidade e sobretudo a vasta cultura, como poucos .
Obrigado Maria do Carmo pelas suas palavras.
Um beijo
Meia palavra basta.. 😉
Um beijo Susana Dias
Adorei a programa e seu arroz de pato também adoro feito então com patos que eu crio melhor ainda. Ps adoro os seus casacos lindos
Obrigado Célia. Um beijo