LUGARES

PRAÇA DE SIENA

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Muitos conhecerão esta praça (il Campo) de Siena, quanto mais não seja da televisão, por alturas do Palio, a célebre corrida de cavalos que remonta ao século XVII, e que ininterruptamente se realiza a cada 2 de Julho e 16 de Agosto. Antes de participarem na corrida, os cavalos, tantos quantos os bairros (contradas) de Siena, são benzidos na igreja respectiva. Ganha o cavalo, mesmo que chegue à meta sem jóquei, que primeiro completar as três voltas à praça. O prémio é o Palio (estandarte da vitória) que é levado para a Igreja de Provenzano, ou para a Catedral, conforme seja Julho ou Agosto. Numa ou noutra, importante é o Te Deum que decorre em acção de graças. Não se pense que este é um mero cartaz turístico, é muito mais do que isso, dadas as suas remotas origens e o envolvimento de toda a população, através dos seus bairros, verdadeiros pequenos “estados” dentro da própria cidade… Não assisti a Palio algum, mas estive na Praça. Valeu!

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Por detrás de mim a magnífica Fonte Gaia, de mármore, toda trabalhada em baixo-relevo, com representações de Adão e Eva, da Virgem e do Menino, entre outras figuras simbólicas. É, porém, uma cópia do século XIX, que a original de Jacopo della Quercia (o mais famoso escultor de Siena, do Renascimento), do século XV, foi retirada para sua protecção, encontrando-se no Museu de Santa Maria dela Scalla, em frente à Catedral  de Siena.

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MASSA MARÍTIMA

fotografia (6)Por vezes no afã de se visitar o mais óbvio porque conhecido ou propalado pelos guias turísticos, passamos ao lado de pequenas jóias, como esta em plena Toscana Meridional. Massa Marítima, assim se chama esta vila ou pequena cidade, que integra o movimento “cittáslow” que convida a uma vida menos frenética, procurando a maior harmonia possível, e à preservação dos edifícios com história. Apesar do seu passado ligado às minas de prata e cobre, perpetuado nas memórias e artefactos, o que me impressiona é o esplendor do seu centro medieval com a Piazza Garibaldi, a Duomo e o Palazzo Comunale. Apetece demorar, por ali, na quietude do cair da tarde e antes da escolha do restaurante para jantar. A propósito da janta, fiquei-me -me pelo “La tana del brillo falante” (A toca do grilo falante) e em boa hora o fiz, que a cozinha que nos servem é feita com desvelo e sabedoria a partir dos produtos da terra: enchidos, carnes e legumes. E novamente o mesmo princípio agora aplicado à alimentação: a “slowfood” (primeiro dos movimentos a surgir, justamente em Itália, em 1986), onde se procura o melhor, o mais limpo e o mais justo dos produtos. Melhor,  porque fresco e saboroso, capaz de estimular e saciar todos os sentidos. Limpo, por não ter exigido demais dos recursos da terra. Justo, por ter permitido condições justas para quantos se envolvem no processo, do produtor ao consumidor.

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