Lisboa no casaco!

Sempre gostei de marchas, vem de miúdo este gosto pelo cavalinho (assim se chama ao agrupamento musical que as acompanha) pelos arquinhos e balões, pelas fatiotas garridas e sobretudo pela alegria das ditas cantadas com garra e bairrismo. Não perdia, então, a transmissão televisiva em noite de Santo António, mal sabia eu que um dia haveria de a apresentar na RTP e mais tarde, quatro anos de enfiada, na TVI, e menos ainda que haveria de desfilar no “marchódromo” da Liberdade como padrinho da Mouraria tendo a Cristina a amadrinhar (mas sobre tais memórias tecerei outros escritos em projecto à parte).

Hoje foi dia de as cantarmos no programa de todas as manhãs úteis, uma vez mais, com a sempre inestimável contribuição dos talentosos Wanda Stuart, Rui Andrade e Telmo Miranda aos quais acrescentámos a nossa Zé Valério, prova maior de como é a atitude que comanda a Vida.

Quando há umas semanas falámos da hipótese de montarmos um arraial no programa, logo a Wanda me disse que iria vestir-se como manda o figurino, no que foi imediatamente cumpliciada pelos seus habituais parceiros. Lembrei-me então que teria um casaco, feito pelo Paulo Battista, guardado há pelo menos uns quatro anos à espera de ser estreado em adequada ocasião. E só poderia ser em festaréu assim, pintado à mão que foi, pelo Mauro Gonçalves, com a Sé e o 28, símbolos desta Lisboa que me viu nascer e que hoje celebramos. Assim não destoei e fez-se a festa a preceito!

E siga o santório popular, que São João já se perfila!