Não me canso de voltar a Évora e sempre pelas mesmas razões: a beleza do seu património e a simpatia dos de lá. Já muito conheço entre museus, igrejas, espaços verdes e floridos e até restaurantes, já que ali também se cumpre, com galhardia, o património culinário alentejano, mas muito haverá ainda para eu descobrir em próximas idas.
Desta regressei uma vez mais ao Palácio Cadaval, berço e propriedade da família dos Duques de Cadaval, há mais de seiscentos anos, já que por vontade de Diana do Cadaval, a actual duquesa, a casa aberta aos da cidade e aos que vêm de fora, tem conseguido ser um muito interessante e activo polo de dinamização cultural.
O actual convite que se mantém até finais de Setembro, prolongada que é a iniciativa por mais um mês além do anunciado, dada a sua importância e êxito alcançados, tem a ver com o que o Palácio exibe de pintura e fotografias africanas. São paixões de um continente, para muitos “o futuro do mundo”, aqui por vezes a romper com os critérios do que se entende como arte. Os artistas, dos melhores do continente subsariano, que as agora garridas paredes do palácio exibem, mostram orgulhosamente, independentemente da sua contemporaneidade, de onde vêm, da terra da luz, das crenças, das superstições, terra feitiçeira e misteriosa, mas cada obra traz-nos igualmente mundos interiores, sonhos, vivências e formações académicas ou de rua. São as verdades, ou utopias, de cada um em pinceladas de cor.
À pintura, à fotografia, junta-se a música, expressão visceral de um povo que nela se liberta e assim temos o festival completo.
Alexandra do Cadaval, irmã de Diana, é a filha mais nova de Jaime Álvares Pereira de Melo, 10 duque de Cadaval, e de sua segunda mulher Claudine (a encantadora e divertida Claudine, que tantas histórias tem para nos contar) e assume uma vez mais a direcção do festival, este ano particularmente na sequência de todo um trabalho que tem desenvolvido em África, no âmbito humanitário e cultural.
Apaixonada que é pela preservação cultural de pequenas comunidades, fez-se ao Mundo “abandonando” aquilo que seria uma vida de garantido conforto.
“Tentamos preservar o património cultural imaterial e intervimos no campo humanitário quando as comunidades estão muito fragilizadas. Acho que é a minha vocação. Não foi uma escolha. É um caminho que me vem do coração” – É a própria quem o diz!
E é com o coração que volta sempre à casa, berço da família, para partilhar com os outros o que só a Arte nos pode dar. Enquanto (per)durar a fruição, aquelas obras também são minhas!
Até finais de Setembro!
“Meu querido Luís Goucha”,
Permita-me que o trate assim. Sou uma admiradora sua desde há muito, muito tempo. Admiro-o como grande profissional que é e, sobretudo, como Ser Humano.
Eu também sou de tal forma apaixonada por Évora que vim para cá viver há uns anos. Neste momento, no âmbito da Bienal Cultural Monsaraz Museu Aberto, tenho exposta a minha coleção de pintura “Reguengos de Monsaraz: Alentejo Puro” http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt/site-servicos/cultura/eventos-culturais/Paginas/exposicao-reguengos-de-monsaraz-alentejo-puro.aspx e seria um enorme prazer receber a sua visita e oferecer-lhe uma das minhas obras uma vez que alimento o sonho de um dia o vir a conhecer pessoalmente (o sonho comanda a vida!).
Peço desculpa pela ousadia mas aproveito para deixar aqui o link do meu site, no caso de ter interesse em conhecer um pouco melhor o meu trabalho.
https://carlotanaif.wixsite.com/anaritajaneiro
Com profundo apreço
Ana Rita Janeiro
Manel, sendo sua admiradora há alguns anos, gosto
muito da sua maneira de ser, do seu estar de bem com a vida, a sua alegria contagiante, o seu profissionalismo, enfim! Desça com o Rui até ao meu Baixo Alentejo, há muito para ver! Sei que já esteve em Alvito, há muito, até uma minha Tia ficou feliz de falar consigo, simpático como sempre! Tenho lá casa, é onde me sinto bem! Mas infelizmente não resido lá…Imagino como se devem sentir bem no Monte, rodeados de toda aquela beleza, paz e tranquilidade! Beijinho! Continue a alegrar as nossas manhãs! TUDO DE BOM!!!
Portugal não é só Alentejo,dantes nem nele falava agora até já enjoa .O nosso país tem muito de interessante e histórico n temos q nos ciingir aos seus gostos que agora tem a mania de se exibir já se esqueceu dos cozinhados da avó.
Obrigada pela sua partilha, gosto muito da atenção que põe em tudo ✌
Realmente MG, amei o seu artigo, as fotos no geral. África tem tudo de bom e de melhor que precisa ser partilhado, apreciado pelo mundo. Mais, os africanos em si devíamos valorizar ainda mais os nossos dotes culturais que felizmente não passam despercebido à quem tem olhos na cara.
Parabéns mas uma vez MG!
Manel, e que tal dar um “saltinho” ao alentejo mais baixo: Beja, Mértola, etc… estou certa que iam adorar.
A casa que qualquer pessoa sonha, beijinhos
Magnifica exposição… Fico seriamente a pensar visitar. Obrigado pela partilha