Já temos um novo MasterChef. Depois da Rita ter ganhado a edição do ano passado, é agora a vez do Manuel experimentar o sabor da vitória e na sequência disso cursar na mais importante escola de alta cozinha do Mundo: “Le Cordon Bleu”, em Madrid. Será uma formação completa em cozinha e pastelaria, de nove meses, por certo uma ferramenta valiosa para quem, apesar de arquitecto, curiosamente como a Rita, sabe que é isto que quer para a sua vida. Cedo percebemos que tanto o Manuel como a Ann-Kristin tinham todas as condições para chegarem muito longe na competição. Cedo percebemos que eram dois concorrentes muito acima da média, pelos conhecimentos na matéria, pelo domínio das técnicas, pelo bom gosto demonstrado na confecção e, particularmente, no empratamento e também pela forma como sempre souberam gerir a pressão que uma competição como esta envolve. Por isso é de toda a justeza que um e outro tenham chegado à final. Que com isto não se veja qualquer menorização de quantos participaram nesta segunda edição que hoje termina. Antes mesmo do MasterChef começar a ser emitido, tive oportunidade de gabar a qualidade dos concorrentes em geral. Cedo deu para perceber que eram mais cerebrais que os da edição de 2014, revelando-se conhecedores do jogo e das suas subtilezas. Para todos o meu apreço, porque nunca esqueço que sem eles não há programas do género. Foram eles que fizeram a festa, semana após semana. Uma festa plural, também pelas várias nacionalidades representadas (brasileira, italiana e dinamarquesa) e onde alguns, mesquinhamente, viram intrusão, eu vi inclusão, porque entendo que Portugal se cumpre, essencialmente, com os que cá estão, trabalham e pagam impostos. Lá fora também há muitos portugueses triunfando nas mais diversas áreas e se todos pensassem de modo xenófobo, nunca um luso-descendente teria ganhado o MasterChef canadiano.
A Ann-Kristin, que vive em Portugal há doze anos, poderia ter sido a vencedora, foi por um triz, uma questão de sabor, e o prémio de MasterChef Portugal 2015 assentar-lhe-ia, também, na perfeição. Basta recordar tudo quanto nos deu a provar ao longo dos desafios, revelando uma elegância e um saber fora do comum. A cozinha da Ann-Kristin é de grande categoria, que não haja dúvidas. Sei do seu contentamento por ter conquistado o segundo lugar e o direito também a cursar, ainda que por um mês, na mesma escola de alta-cozinha. O futuro pertence-lhe. O Manuel, o vencedor saberá igualmente honrar a paixão da sua vida. Homem de rasgados horizontes, trá-los para a sua cozinha com grande engenho e sensibilidade.
Não quero esquecer-me da Joana, tampouco do Pedro, também honrosos finalistas. Foi entusiasmante verificar a evolução de um e outro ao longo da competição. Se a jovem de Esposende, repescada a dado momento, como ditam as regras internacionais do programa, soube responder com destreza, empenho e sabedoria a uma segunda oportunidade, o Pedro, talvez o mais sortudo dos concorrentes, por ter escapado à maioria das provas de eliminação, nas últimas semanas surpreendeu tudo e todos com a sua nítida progressão na prática culinária.
Muitos não terão concordado com as decisões do júri (é sempre assim) apegando-se que foram, com o correr do programa, a este ou aquele concorrente por razões que nada têm a ver com a competição culinária. É como se MasterChef mais não fosse que um qualquer reality-show (o mesmo havia notado no ano passado). Cheguei a ler comentários a defender que a votação deveria ser feita pelo público em casa!! Como? Se o público não prova os pratos! Votariam em quê? Na simpatia, na beleza, na humildade? Isto não é um concurso de misses, é uma competição televisiva de culinária. São as aptidões de cada um, na matéria, que avaliamos e apenas isso. Não provamos carácteres, personalidades e afins. Assim sendo, e perante os dois vencedores desta série, estamos convencidos que escolhemos os melhores.
É hora de desligar os fornos, apagar os projectores, desmontar a cozinha. Foram três meses de uma aventura, uma vez mais avassaladora. Feita não sei se pelos melhores, mas sei que os que a fizeram deram o seu melhor. Em dedicação e talento e por isso o produto final pode competir com o que o estrangeiro exibe. Com eles viajámos por todo o país, subimos à mais alta das serras, descemos ao barrocal algarvio, andámos à beira-mar e já nos finais demos um pulo a Sevilha, aqui ao lado. Faz parte, e lá volto eu com as regras do programa, isso de pegar nos concorrentes e levá-los fora (no ano passado fomos a Marraquexe), mas logo houve quem opinasse nas redes sociais, esse antro de purulenta covardia, que era ridículo, uma vergonha mesmo, irmos mais além, quando temos um país tão lindo!!! Então Folgosinho, Cascais, Almancil, Tomar, Nazaré, Sintra… ficam onde? É este pensar pequenino que nos atrasa, digo eu que me acho do mundo, por muito que goste cá do cantinho.
É hora de guardar as memórias, agora sim que o programa acabou e por isso pertence ao passado. Só um último comentário, ou resposta, a quantos na apresentação do programa à imprensa, dias antes de ele começar a ser emitido, me perguntaram se eu receava a concorrência do “Shark Tank”. Disse na altura, e redigo agora, que nunca desvalorizo a concorrência. Mais, que uma concorrência de qualidade convoca-nos a ser melhores e mais exigentes e que assim sendo logo veríamos quem comia quem. Terminado o MasterChef e dada a inequívoca liderança de audiências, conquistada semana após semana, posso agora dizer, e perdoe-me a sobranceria, que, apesar da nítida qualidade do programa da concorrência, fomos a eles, tubarões, que nem a jaquinzinhos de tudo comer.
O sucesso de mais uma edição do MasterChef deve-se também a si, que apaixonadamente nos seguiu. Obrigado.
MasterChef terminou. Venha o próximo desafio. E não é que voltarei a ser jurado!? Dizem que agora vou ser presidente do júri. Só pode ser pela idade! Vou fingir que não ouvi!
Gloria, Maria Emilia, Ana, Susana, Ester, Berta, Piedade, Olga , Maria José e Sandra
Agradeço os vossos comentários. Fico contente por terem gostado desta edição do MasterChef. E apesar dos elogios que me são feitos, as estrelas do programa foram, uma vez mais, os concorrentes. Sem eles não há festa!
Ola MLG!
Concordo em inteiro com tudo o que disse! Destaco duas frases “É este pensar pequenino que nos atrasa” e “redes sociais, esse antro de purulenta covardia”, como sendo o espelho da nossa sociedade, infelizmente!!
Gosto da sua forma de estar na vida, da sua filosofia. Admiro a sua elegante personalidade e a sua cultura! Se mais pessoas houvessem com 1/4 da sua categoria, Portugal (e o mundo) seriam muito melhores!
Um abraço amigo,
Sandra
Não perdi uma única edição, adorei!!! Tanto os concorrentes como o júri estão de parabéns pelo programa a não esquecer a TVI… Ao vencedor(bem merecida vitória) desejo inúmeras felicidades e que continue pela luta do seu sonho, como nos habituou pois será um grande Master Chef!!! Também o segundo prémio foi bem entregue, que o seu sonho siga em frente. Havia mais uns tantos que admirava mas a vida é isto, nem todos podem sair vencedores!!! Resta esperar pela próxima edição e gostaria de ver por lá alguns destes concorrentes… Beijos e obrigado pelo programa
Excecional programa, pela qualidade dos intervenientes, dos elementos do júri com destaque para o Manuel Luís, um Senhor no saber, na classe, no respeito pelos outros, na defesa dos mais fracos, em não esconder a “lágrima” quando ela surge. Bem haja Manuel Luís
Olá Manuel Luís,
Fui fiel espectadora do nosso masterchef que acabou ontem. Costumo trabalhar ao sábado e tinha que correr para casa para não perder pitada do programa, acabando muitas vezes a jantar de tabuleiro no colo em frente á televisão.
Parabéns na sua pessoa a todos quantos fizeram parte desta prova culinária que, em nada fica a dever às realizadas noutros países. Parabéns tb aos finalistas, principalmente ao Manuel desde sempre o meu favorito pelo conhecimento do mundo e pela gentileza da sua actuação, tanto no desempenho das provas como no trato com os demais concorrentes. Quem é bem formado, é bem formado aqui e na China e ponto final, ao contrário de certos comentadores que só opinam para dizer mal disto e daquilo em vez da atenção que lhes devia merecer o que se pode aprender a nível da cozinha e até da evolução como pessoas dentro de um objectivo de realização do sonho de uma vida. Sabe Manuel?
Não há dúvida que o 25 de Abril nos trouxe muitas mudanças boas a todos os níveis, que nos deu soberania e nos salvou daquele obscurantismo de décadas, só não conseguiu, pois isso está na vontade de cada um de nós, mudar mentalidades. Enquanto, como povo continuarmos a ligar aos danos colaterais em vez do que é essencial, de continuarmos a promover em vão a má língua em vez de tentarmos entender que a Anne Kristin é uma mulher de temperamento frio caracteristico do norte da Europa, bem diferente por exemplo de uma Sílvia mais arrebatada e digna representante das mulheres do sul mas que, cada uma ao seu estilo e não descurando o resto do grupo nos mostraram a arte de aprender o que é saber cozinhar.
Enquanto não aprendermos a retirar o melhor do que nos é oferecido e, a evoluir com isso continuaremos a viver na pequenês e dentro do fosso que, alguns teimam em continuar a cavar.
Talvez, e se houver próxima edição do masterchef, me arrisque a candidatar-me!
Um beijo para o Manuel Luis e faça o favor de continuar a ser feliz.
Realmente um excelente programa a todos os níveis.
Que volte uma outra edição, rapidamente 😉
PS: Não leve a mal, mas permita-me a correção da escrita da localidade algarvia de “Almansil” para “Almancil”
Ana
Já está corrigido. Obrigado Ana.
Bom dia alegria 🙂 ,sim…ontem chegou ao fim um programa que tanto gosto!Quanto ao vencedor,gosto!tem muita qualidade e tenho a certeza que vai aprender muito na escola de cozinha nos próximos 9 meses.Quanto à pessoa que ficou em 2º,não gosto nem um pouco da sua forma de ser.É má,não ajuda e a atitude que teve para com a Joana foi do pior possível….logo a seguir,vê-se o Pedro ajudar o Manuel e por estes gestos se vê o que distingue as pessoas bem formadas das mal formadas.
Gosto deste programa aqui tambem ha mas tem muitos pratos tipicos e pastelaria daqui.Vejo quando posso.Nao perco o masterchrf portugues.Gosto de cozinha e tenho um cursso de 1995 de Portugal.Depois de ter trabalhado em hoteis na Suiça e aqui,vou fazer formaçao a partir de setembro em pastelaria.Espero mais tarde fazer pastelaria Portuguesa tambem.Estou numa zona que somos muitos.Porque nao um pastel de nata ou uma bola de berlim ao lado de um macarron.
Adorei o programa, pois adoro cozinhar e a cada programa imaginava me eu própria a fazer as provas.Acho o Manuel Luís tanto engraçado como acerto. Achei o Manuel um justo vencedor por tudo o que apresentou ao longo do programa. Que venha o próximo. Felicidades
Boa noite. Adorei ver o programa daqui dos EUA. Viajar é muito importante para aprender e abrir as nossas mentes e perspectivas de vida. Tenho muita pena que a maioria dos portugueses não o possam fazer… Estou aqui há 3 anos e cresci imenso … Também estou muito orgulhosa com o português que venceu o masterchef do Canadá.. E da nossa Sara Sampaio.. Muito obrigado. Para o ano há mais… Já estou à espera.. Beijinhos.
Quem fala assim não é gago e estou plenamente de acordo com tudo o que disse e como em tudo na vida não se pode agradar a gregos e a troianos.
Fico à espera de ver em que programa irá ser jurado acredite que cá estarei a velo e não deixará ficar mal os espectadores em geral. Um abraço
Bom dia,
Apenas quero fazer um pequeno comentário. Admiro o Manuel Luis Goucha, adorei ver o Master chef assim como amo ver o programa da manhã sempre que posso. A paixão com que se envolve no seu trabalho passa para este lado. Está de parabéns! A TVI também está de parabéns pelos profissionais e pela programação. Sou sua fã e não poderia deixar passar esta oportunidade sem me pronunciar. Desejo-lhe toda a felicidade do mundo. Beijinho muito grande e OBRIGADO.