Por boas causas

Saíram do armário para serem vendidos a preços incríveis no próximo sábado, entre as 13 e as 16 horas, no “Hang In There”, no Centro Comercial das Amoreiras. No ano passado colaborei igualmente com esta iniciativa, que leva uma trintena de figuras conhecidas a doar roupa para que as vendas revertam a favor das instituições escolhidas pelos próprios, e foi um êxito. Não espero menos nesta segunda edição e para que fique com uma ideia do que escolhi, e que pode ser seu, por “tuta e meia” deixo aqui fotos de algumas das peças (tamanho 50) e as respectivas informações, que há sempre uma história para contar.

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Smoking completo preto, em veludo, Cavalli

Comprei-o em Roma, no bairro da moda, e usei-o umas cinco vezes, sempre em galas, como uma das finais de “Uma Canção para ti”, festa de Natal da TVI e em “A tua cara não me é estranha”.

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Casaco Tom Rebl (criador de origem alemã, profissionalmente formado no Reino Unido)

Gostei dele pela irreverência, a mesma que me fez usá-lo apenas uma vez, no programa “Uma canção para ti”. É daqueles que marca e por isso o seu uso não pode ser banalizado. Já havia pensado em dar-lhe, de novo, serventia, agora fazendo-o combinar com uns jeens, mas entretanto surgiu esta oportunidade de o incluir no lote para o mercado solidário. Agora é a sua vez de se divertir com ele!

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Gosto particularmente deste casaco de festa, criado propositadamente para uma gala de Natal da TVI, pela Dielmar, a ponto de o ter usado em várias ocasiões, até na primeira gala de entrega de troféus TV 7Dias, no Teatro Politeama. A Dielmar havia sido desafiada a confeccionar os smokings dos apresentadores que nesse ano subiriam a palco, todos negros como manda a mais segura das etiquetas, à excepção do meu, por vontade da marca (vá-se lá saber porquê!). A gola de pedraria é já uma reciclagem, relativamente recente, a partir de uma série de materiais comprados na “Mood”, em Nova Iorque, a mesma loja de tecidos usada pelos concorrentes do célebre programa “Project Runway”.

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Estes dois casacos são criações de Miguel Vieira, o primeiro de gala, em veludo branco com gola em rebuço, grená, o segundo, mais descontraído e divertido usei-o duas a três vezes, sempre com jeens, no programa da manhã.

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Sempre que vou a Milão ou a Paris não deixo de ir à “Dolce e Gabbana” quanto mais não seja para ver em que param as modas. Naquele ano os smokings exibiam bolas e mais bolas, das pequeninas às maiores, passando por um tamanho intermédio. Confesso que gostei mas achei o preço proibitivo tanto mais que um smoking daqueles só poderia ser usado uma vez em televisão e quando muito num evento e mesmo assim muito tempo depois. Não me dei por vencido e desafiei a minha amiga Maria Antónia, das lojas Prassa (no Porto), a tentar encontrar tecidos de seda às bolas. Diligente como só ela, não tardou a fazer-me chegar estes dois casacos feitos pelo costureiro José Maria Oliveira, o mesmo que durante anos trabalhou com Miguel Vieira. No ano seguinte voltei à Dolce e Gabbana, de Milão, para aí comprar um smoking de casaco branco, em veludo, que mantenho, ainda que reciclado, para usar na estreia do primeiro programa, da primeira série de “A tua cara não me é estranha”. Nesse dia levava o casaco de seda de bolinhas, dado que logo a seguir ia ao “La Scalla” e um dos funcionários da loja julgando reconhecer o casaco perguntou-me: “comprou cá este casaco?”. “Não, respondi lampeiro, copiei-o!”. Já o outro que aqui se exibe faz lembrar o smoking que o Messi usou numa das galas da Bola de Ouro e pelo qual foi motivo de todo o tipo de graçolas e eu por arrasto. Pois, nesse caso era mesmo um “Dolce e Gabbana”, já que Messi é cara da marca, apetece-me acrescentar, exclusiva só “cá por coisas!”.

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Este casaco preto lavrado com fio prateado foi feito também por José Maria Oliveira a partir de um tecido comprado na Mood, em Nova Iorque. Usei-o uma única vez e foi na televisão.

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É sabido que trabalho há já alguns anos com o alfaite Paulo Battista. Tem sido para mim uma parceria feliz pelo arrojo, pela criatividade, pelo esmero de confecção e muito por aquilo que ele é. O seu percurso de vida é a prova de que o trabalho inspirado e dedicado compensa. Escolhi um casaco vermelho de seda, outro casaco e colete e três fatos completos, dos primeiros que fez pra mim.

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É um sobretudo três quartos em fazenda de lã, da marca Havanna, por estrear.

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Casacão “Scotch and Soda” (marca holandesa que aprecio num registo informal).

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Sapatilhas por estrear, as primeiras em cortiça. Tamanho 41.

E muito mais haverá, por isso não falte ao “Hang in There”, este sábado no Centro Comercial das Amoreiras, entre as 13 e as 16 horas. Eu e muitas outras caras conhecidas estaremos à sua espera!

Saiba mais sobre esta iniciativa aqui.

10 comentários a “Por boas causas

  1. Felismina Alves

    É apenas a minha opinião por isso por favor nada de ofender, ok?
    É muito bonito as palavras, os abraços solidários mas o que estas pessoas precisam mesmo é ajuda para recomeçar de novo as suas vidas. Pois elas perderam os seus bens, tudo o que conheciam como seu, fruto de um duro trabalho de uma vida por isso vou partilhar com vocês, uma ideia que partilhei hoje com a minha família ao jantar.
    Este ano, o Natal vai ser mais cedo cá em casa, em vez de comprar uma lembrança para cada um, vamos entregar o dinheiro para ajudar as vítimas destes horríveis incêndios.
    O pouco que seja, sei que vai ajudar alguém pois há pessoas que até os seus documentos de identificação perderam.
    Eu não sou ninguém para exemplo mas se cada um desse o que pudesse, mesmo o pouco que seja, para quem nada tem, é muito.
    Fica a ideia, quem sabe alguém não siga a minha ideia.

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  2. Maria Sousa

    Olá Manuel

    Adorei todos, são tão bonitos, até fiquei com pena de se desfazer deles, mas se é por uma boa causa, que assim seja.Outros viram, não é!!!
    A sua bondade não tem limites, bem haja, desejo que tenha sempre tudo o que mais deseja na vida.
    Seja Feliz:::::::::::.
    Beijo grande
    Maria Sousa

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  3. Antônia Ramalho

    Boa tarde Manel, adorei tanto as roupas que vai doar como a atitude de doar. Nos tempos que vivemos, doar, já se usa pouco, mas ainda bem que o Manel e várias outras pessoas do seu meio se lembraram de algo tão bonito, ajudar quem precisa. Gostei praticamente de todos, especialmente do primeiro e do vermelho com o lenço azul. Que tenham uma boa tarde de sábado e consigam vender tudo que for doado. Um terno beijinho

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    1. Ana Simão

      Oh Manel são todos lindos se me fosse possível comprava todos mas o Manel tem um degradée em preto e branco do Miguel Vieira adoro quando o Manel quizer doar, candidato-me beijinhos

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  4. MLG

    MLG

    Acho que vou passear até Lisboa no sabado….
    Nem que seja para rever as suas fatiotas….e se conseguir chegar a tempo de comprar alguma coisa…nem sei qual gosto mais mas só o gesto de doar todas essas peças vale a pena colaborar consigo…obrigado MLG

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