Tupinambo

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Aposto que olha para esta foto como, e permita-me a expressão, “boi para palácio”. Mas olhe que pode um dia encontrar este tubérculo num supermercado perto si.

Os chefes de cozinha conhecem-no por “topinambour”, a palavra francesa, se bem que ele seja oriundo da América e agora resta saber se do Brasil, da tribo dos Tupinambás, ou se do México, da tribo dos Tupinambus. Certo é que há palavra em português para o chamar e, por isso, é como tupinambo que aqui se apresenta.

Na Europa durante muito tempo foi mal amado até que Parmentier (Antoine Auguste), farmacêutico militar e agrónomo francês (séculos XVIII/ XIX), terá chamado a atenção para a sua importância. Realmente, é um óptimo substituto da batata, ideal mesmo para doentes celíacos, dado não ter conter glúten. É rico em vitaminas e minerais, principalmente ferro, potássio e fósforo e pouco calórico (apenas 45 calorias por cada cem gramas).

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Uma vez pelado, pode ser cozinhado como a batata; cozido, frito ou em puré. O seu sabor, depois de cozinhado, faz-me lembrar o da alcachofra. O tupinambo revela-se, assim, um excelente e saudável acompanhamento para as suas receitas.

Se o vir, então, na banca de um supermercado, não o rejeite, aventure-se antes a descobrir os seus préstimos na cozinha e à sua mesa. Bom apetite!

www.quentalbiologico.com

5 comentários a “Tupinambo

  1. Helder

    Viva Manuel. Não conhecia nem nunca tinha ouvido falar de tupinambos até que um amigo todo virado para a agricultura biológica me ofereceu uns quilos gabando muito as suas propriedades. Disse-me ele que eu podia, com muitas vantagens substituir as batatas por tupinambus mas esqueceu-se de me prevenir sobre uma contraindicação! Ao almoço enchi a pança, convencido pelas maravilhas relatadas por esse amigo mas à noite descobri que tinha de dormir noutro quarto, sozinho e de janela aberta! Fica o aviso, comam pouca quantidade, caso contrário preparem-se para a trovoada 🙂

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  2. Mariana rouxinol

    Eu conheço o Tupinambo ou Girassol Batateiro , desde menina ,os meus pais cultivavam-no para dar aos porcos . Chamavam -lhe de Bataratas . Agora eu cultivo-o no meu Quintal .

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  3. Pingback: Entre touros e pintadas | ░ Cabaré do Goucha ░

  4. Filomena Mota

    Boa noite Sr. Goucha,
    Quando vivia no interior do Congo/Zaïre, muitas vezes ficava sem batatas, ou chegavam bem podres e como substituto tinha os tubérculos que os nativos cozinhavam. Fazia tudo como se fosse batata e era bem saboroso! Esses tubérculos eram enormes com a forma de uma mão.

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