Tenho o maior respeito pelos Velhos do meu país. Sou dos que gosta da palavra velho e recusa a hipocrisia ligada a termos como idoso, sénior ou “pessoa da terceira idade”. E não me venham com aquela de que “velhos são os trapos”. Saibamos é honrá-los, porque velho é aquele que tem muito para partilhar. Mesmo que não tenha a cultura dos livros, terá o saber próprio de quem sempre lidou a terra, conheceu luas e marés. Sabe de lengalengas, rezas e superstições. Conhece provérbios e advinhas. Foi a uma velha da praia, que um dia escutei, perante um mar bravio :”aquilo foi dor que lhe deu!” como que a humanizar o imenso oceano que serve de berço e tumba a muitos dos seus. Aquela frase não me saiu mais da memória e talvez ali tenha começado a saber respeitar suas engelhas e cabelos brancos. Por isso me custa que sejamos um país onde os que têm mais vida(s) e saberes para partilhar sejam penalizados. A vida de um jovem não vale mais que a vida de um velho.
Saibamos ser uma sociedade inclusiva onde todos, independentemente da idade, tenham um papel a desempenhar. Pelo que sabemos da prática de muitas famílias e da classe política, este país não é para Velhos. Pobre país!
Gostei deste blog. que nos dá oportunidade de podermos desavafar e podermos dizer o que sentimos…… Tenho 69 anos e ainda não me sinto uma velha, mas quando o for, espero não ser descartada como tantos neste PAÍS o teêm sido….. Cuidei da minha querida maezinha. até aos 81 anos já morreuj já lá vai a alguns anos mas para mim,,,,, presentemente é como se fosse hoje. Tenho muitas saudades dela. POTUGAL neste momento nem é para velhos e nem para novos………O desemprego e os nossos velhos emfim…………
Sem duvida partilho da mesma opinião do MLG, os velhos têm tanto para nos ensinar, temos tanto aprender com eles! è preciso respeitar os nosso velhos!!
Ajuventude é provisoria,e todos nós o seremos velhos um dia,e se esta sociedade pensasse um bocadiho nisso, não haveria desumanidade para com os nossos velhos. velhos esses que nos deram tanto sem eles não esistiramos, não seriamos mesmo mesmo nada por tudo isto mais respeito pelos nossos velhos. Ou eles só servem quando presisamos deles? Eles já cuidaram de nós!!!!!! Agora é nossa vês de cuidar deles pensem nisso……
Compartilho desse grande carinho e muito respeito pelos velhotes. É muito triste ver que tantos velhos neste país estão abandonados, sem o apoio de suas próprias famílias e sem apoio social. É uma situação que nos deve envergonhar a todos enquanto cidadãos.
Parabéns pelo blog e obrigada por deixar aqui seu contributo sobre assuntos tão importantes. Sucesso!
Oh meu querido,país pobre o nosso mas que fere de morte quem cuida de um velho!!O Manel sabe bem que esse é o meu trabalho,há anos e anos que cuido da minha mãe e não sei quantos mais vou cuidar.Até um dia….até ao dia do adeus !até ao dia do até sempre!e depois???o que vai ser de mim???quem vai dar emprego a uma pessoa que o que fez quase sempre na vida foi tratar da sua velha???que currículo me fica?Apenas me ficará a certeza de que a minha velha NUNCA foi vitima de maus tratos num lar ilegal qualquer!!!!mas e eu???e a minha velhice que chegará???por isso completo a sua frase:”este país não é para velhos”NEM PARA OS SEUS CUIDADORES!!!!!!!!!!!
Subscrevo na íntegra o que o Manuel Luís disse, mas tenho uma ressalva a fazer… Não obstante do respeito que uma pessoa velha merece no sentido da boa educação, eu costumo dizer que nos velhos, cada caso é um caso. Há velhos que, em novos e durante toda a sua vida, sempre fizeram “a vida negra” a todas as pessoas que os rodeavam, esperando chegar a velhos e merecer o mesmo respeito e consideração que merece outro velho qualquer, e não é bem assim. Há hoje em dia velhos que “merecem” estar sozinhos no mundo, têm o que semearam durante toda a vida, e aí entra o ditado “cada um se deita na cama que faz” ou mesmo “quem semeia ventos, colhe tempestades”.
A minha bisavó viveu até aos 92 anos, sempre a respeitei como uma matriarca, como a pessoa que me amou, como a “velha” da família, aliás ela era chamada de “Avó ita”, diminutivo de “Avó Velhita” 😉 Já a minha querida avó faleceu bem mais cedo, com apenas 62 anos… faz este ano 20 anos da sua partida, a saudade permanece igual…
Adoro o seu blog 😉
se houvissemos mais os velhos nao estariamos como estamos tenho 50 anos e ainda hoje dou valor e passo mensagem que a minha avó me ensinou e hoje sao vem reais os ensinamentos dela esteja onde estiver obrigado avó
Nós todos começamos na barriga de uma mãe, precisamos de cuidados para crescer saudável e com educação precisamos de carinho de abraços de dignidade … mas depois crescemos e para nossa obrigação temos também de olhar para os chamados velhos, para aquelas pessoas que são vividas para também lhes dar mos um tempo igual não, porque a saúde nem sempre esta ao nosso alcance mas sim com dignidade, amor, educação, abraço e sobretudo com orgulho da vida que um dia essas pessoas vividas um dia tiveram… pois a vida não e fácil… temos de lutar e acreditar… um beijinho com carinho para todos os «velhos» com histórias magnificas.
ACCP
Amo o nosso Portugal e fico triste ao perceber que, hoje, este país não é para ninguém trabalhador e honesto. Aos 28 anos, também eu vejo a minha estadia a chegar ao fim.
Boa Noite,
Sou uma Futura Gerontóloga, ainda em Formação, e sinto que ainda vivemos numa sociedade, que devia e precisa de deixar de cultivar os estereótipos que construíram sobre os nossos idosos, eles só são os que fizeram a nossa história, os nossos descendentes, os que nos orientaram para um futuro que temos de enfrentar.
Posto isto, desde já agradeço as breves e carinhosas palavras que deixou sobre esta faixa etária que tanto estimo. Penso que todos juntos e em especial com ajuda de pessoas com visibilidade como o Manuel Luís conseguiremos dar-lhes a importância que merecem!
Obrigada
Gostei imenso sou uma fã
E acrescento ainda que é muito triste para quem trabalhou e produziu toda uma vida não poder viver uma velhice decente, com um minimo de dignidade!!!
é verdade Manuel Luis, eu também tenho um carinho muito grande pelos velhinhos, e muito respeito. A minha mãe faleceu com 83 anos, com um espirito muito jovem e muitas historias de vida que contava maravilhosamente bem, e dizia muitas vezes que queria viver até aos 100 anos e escrever um livro com as suas historias. é bom ouvir os velhotes contarem o antigamente, serviria de lição a muita gente que não sabem a sorte que têem e so fazem é reclamar. Antigamente, havia talvez mais pobreza, mas os pobres eram mais felizes, as pessoas mais solidàrias, enfim, que teremos nos para contar quando formos velhos????
Concordo 100% consigo Manuel Goucha. O velho do meu país é a raíz deste país… cuidem bem dessa raíz e teremos uma árvore saudável ! Já o contrário, porém… Infelizmente o nosso velho é esquecido, maltratado e fazem dele bandeira de campanha política… com palavras ocas que ofendem a quem se sente usado num jogo de poder… usado e deitado fora, como uma coisa sem valor. Uma sociedade que não cuida dos seus velhos, que não os acarinha, que não escuta a sua mensagem, é uma sociedade condenada, apodrecida.
“VELHO” tem para mim, desde menina, a sonoridade doce que toca o coração, o cheiro a bolo acabado de fazer, o sabor de abraço apertadinho e uma auréola de anjo sem asas. Os meus velhos já todos partiram mas deixaram-me um legado sem preço que são os valores dos quais eu não abro mão. E sou feliz porque passaram na minha vida e deixaram a sua marca!
Só agora percebi que o você tinha um blog.
Vou passar a ser sua seguidora.
Tenho apenas 22anos mas vivi com minha avozinha durante 10 anos e sim xamava a de MINHA VELHINHA com muito gosto pois ela adorava… o testo esta fantastico…. parabéns
também acho que este país não é para velhos, também não é para novos e se me permite afirmo k também não é para os de meia idade. Vejo o meu país, o meu povo, os meus irmãos, tristes, alguns com fome, outros desorientados. Que mais podemos fazer? Quantas vezes temos que recomeçar a nossa vida? Pessoalmente estou cansada de tantos recomeços por que passei! Chega!
Este país não está a ser para mim…
Tal como o Manuel Luis Goucha tenho o maior respeito e carinho pelos velhos, e quando digo velhos digo-o com ternura. Tive a sorte de ter uns avôs magnificos e que hoje são velhos, foi ao lado deles que passei as minhas férias de verão. Adoro ouvir um velho a contar as suas histórias, as suas experiências. Fico triste quando vejo um velho abandonado, fico triste quando a maior parte dos velhos do nosso país vivem com reformas de miséria que mal dão para os medicamentos e ainda fico mais triste quando a nossa sociedade os renega e os abandona.