Cheiro a patchouli

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Cá em casa há quem não dispense o cheiro a patchouli, doce, intenso e herbáceo, na pele e na roupa. Confesso que já me habituei, até porque o perfume da marca em questão é resultado de um trabalho cuidado e sofisticado,  mas quando se fala em “patchouli” inevitavelmente recuo aos idos de setenta quando “guedelhudos e drogados” a isso tresandavam. Cá em casa usa-se com uma fidelidade de décadas, o da “Les Nereides”, já que outros perfumes há no mercado com notas de patchouli mas sem a harmonia que este exibe.

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A marca francesa, nascida nos anos oitenta de uma história de amor entre Pascale e Enzo, quando ainda alunos da faculdade de belas-artes da Bélgica, tem lojas em muitas grandes cidades europeias, mas não no nosso país, por isso aproveita-se sempre que viajamos para repor o stock (se bem que hoje exista a opção “on-line”). Seja em Milão, Paris, Londres, Istambul… as lojas obedecem a um desenho próprio, agradavelmente kitsch, que as uniformiza, e onde a par das fragrâncias se vendem as sazonais colecções de bijuteria de luxo. Em Milão, não resisti a tirar uma foto com a dona da loja, pertencente à família proprietária da marca, uma parisiense luminosa com quem longamente conversei sobre ópera e perfumes, junto com Victor, seu colaborador milanês, também ele desde há muito rendido ao poder de “bel canto”, até por via do afecto. E assim uma simples compra acabou por virar um final de tarde divertido e diferente.

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6 comentários a “Cheiro a patchouli

  1. Cristina SantosCosta

    … sabes que de coquette tenho pouco … a minha mãe diria NADA!

    Gosto do que nos mostras. Gosto da tua escrita. Gosto de aprender contigo da coisas dos sítios onde não vou.

    Viajar por aqui não é tão bom como viajar com cheiros, mas vai animando os dias …

    beijinhos
    cristina

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  2. Carla

    Manuel
    Adoro estas lojas todas coquetes, tem coisas lindasss, preciosas!
    Quero a pulseira, os brincos, o fio com o ratito , a mesa da montra 🙂
    E o perfume assumo a minha ignorância desconheço o aroma.
    Os espanhóis apostam muita na decoração das lojas, em Portugal já vai havendo algumas lojas com decoração coquete mas ainda são poucas.

    Nb- Ouvi o que falou sobre os lares ontem, concordo consigo muitos dos empregados não tem formação na relação afetuosa que deviam ter com os idosos. Estão confinados a uma cadeira o dia todo, só se levantam para comer ou ir à casa de banho, são prisioneiros do seu destino. As empregadas rudes, simpáticas perante a família, agressivas com os que não tem visita. Falo do que vi não me contaram, uma idosa contou-me quando a empregada saiu que ela era muito má. Como observadora que sou, já tinha reparado não era boa rés. Na hora da visita estão de guarda para ouvirem o que falam, alguns tem medo de contar porque não tem hipótese de sair. Ir a lares deprime-me não gosto, quem está ali paga muito bem para ser tratado como um ser humano e não como um ser com morte anunciada. Sou da opinião que quem pode pagar para estar na sua própria casa com uma empregada, é a melhor solução.

    Abrazo
    Carla

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