13, o número da sorte… e do azar!

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Esta foi a foto que publiquei há dias para promover no meu mural do facebook o episódio do MasterChef que acabaram de ver. Ela diz respeito à primeira prova do programa, a da caixa mistério, que exigia que os concorrentes preparassem uma receita usando partes de uma cabeça de porco. “Nojo, barbaridade, exposição de animais mortos como troféus”… tudo valeu para criticar a minha publicação, chegando-se ao ponto de pôr em causa a minha honestidade enquanto defensor dos direitos dos animais. Compreendo que a fotografia possa ter chocado quantos se recusam a comer alimentos de origem animal, seguindo outros regimes alimentares bem diferentes do meu e do da maioria. Pessoas que certamente se recusam a entrar num qualquer talho, onde a cabeça de porco se exibe tal e qual, inteira ou em metades, ou num mercado de peixe, onde as diversas espécies se mostram de olhos brilhantes, guelras avermelhadas… enfim, com sinais de fresquidão.

Sei o que é pertencer a uma minoria, ainda que nunca tenha usado do achincalho nem depurulentos argumentos para reclamar respeito para com as minhas diferenças. Não aceito é que me queiram catequizar. Sou como sou e não como gostariam que fosse. Com muitas dúvidas e contradições com certeza, mas respeitador da liberdade alheia. O mural onde publiquei a dita foto, tal como este blogue, são meus, espaços livres do meu pensar, do meu querer, da minha forma de estar e de ser. Abomino todo e qualquer fundamentalismo, por pretender asfixiar aquilo que tenho como vital: a liberdade. Sou dos que come carne e peixe, e não me venham dizer que tal regime alimentar nega a defesa dos direitos dos animais. Não gosto de “puxar dos galões”, mas lá vai ter que ser: quem usa o seu trabalho como tribuna para denunciar situações de abandono e de maus tratos? Quem, emprestando gratuitamente imagem a uma marca de prestígio como é a Pedigree, consegue assim doar toneladas, sim toneladas, de ração aos canis em dificuldades? Quem recolhe animais abandonados (cinco de sete) fazendo deles a sua “família”? Tenho a certeza que muitos dos que enfileiraram o coro de protestos mais não são que os mesmos falsos moralistas e hipócritas de sempre.

E depois convenhamos: MasterChef é uma competição de culinária, com provas criadas e regulamentadas internacionalmente. Não é um programa de decoração (para isso a TVI já tem o “Querido Mudei a Casa”). Desta vez o que se pedia era que cozinhassem com uma cabeça de porco, tal como já aconteceu noutros países. E assim foi: os concorrentes deram o seu melhor, atirando-se à cabeça como “gato a bofe”. Do reco, a Marta, uma das concorrentes mais expressivas, sobretudo na hora dos depoimentos, apresentou ao júri umas suculentas e muito saborosas bochechas, apesar do empratamento não ter sido dos mais apelativos. Já o João Macedo mais não conseguiu que automaticamente ficar escolhido para a prova de eliminação, dado o seu desaire culinário. É que o MasterChef tem destas coisas: quando se acha que se conhece e se domina todo o tipo de provas e regras, há sempre algo de inesperado que pode surgir e, até, subverter a própria competição. Os concorrentes que se preparem, que muito está para acontecer. Esse é também um dos aliciantes deste programa, até mesmo para quem como eu é (e apenas isso) jurado.

O melhor do programa estava para vir: o duelo de equipas, num cenário sempre escolhido com rigor. Desta vez ficámos por Lisboa, numa manhã que em frialdade rivalizou com a de Folgosinho,  mas empolgante por termos, assim, oportunidade de conhecer o Museu da Carris.  Que o programa sirva também, através destes exteriores, para estimular a curiosidade do público por este tipo de acervo. O Museu, inaugurado a 12 de Janeiro de 1999, propõe-nos uma viagem através da história da empresa e, consequentemente, do transporte urbano. A 12 de Setembro de 1872 é fundada, no Rio de Janeiro, a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, sendo que quatro anos mais tarde a sua sede é transferida para a capital portuguesa. A história da Carris é marcada pela evolução do transporte público, a começar pelo “americano”, veículo de tracção animal, que se deslocava sobre carris,  depois, já no inicio do século XX, pelo carro eléctrico e mais tarde, nos idos de sessenta, pelo aparecimento dos autocarros. Andar um pouco num daqueles eléctricos, em madeira envernizada com assentos em palhinha e janelas amovíveis, não deixou de me emocionar, obrigado que fui a recuar à minha infância e até adolescência, se bem por essa altura já andasse mais nos autocarros verdes de dois andares, enormes e formidáveis aventesmas.

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Em cenário assim, o tema da prova só poderia ter a ver com Lisboa. Por isso o que se pediu às equipas foi que preparassem petiscos, como carapauzinhos fritos, daqueles que se come tudo da cabeça ao rabo, e peixinhos da horta, que é feijão-verde albardado, isto para preparar o estômago para outras suculências, também elas ligadas à capital, como ervilhas com ovos escalfados e fava miúda com entrecosto. Mas muito mais poderíamos ter sugerido, como os ovos verdes, as amêijoas à Bulhão Pato, as iscas com elas, as batatas, a meia desfeita de bacalhau, a perdiz à moda de Alcântara… e até a bifalhada de que Lisboa tem invejado historial, como o bife “à Marrare”, criado no “Marrare das Sete Portas”,  um dos cafés do napolitano António Marrare, sendo do pojadouro, frito em manteiga com molho enriquecido de natas, o bife “à Jansen”, da cervejaria do mesmo nome que foi em tempos na rua António Maria Cardoso, frito em banha com toucinho picado, o bife “à cortador”…

Para rematar, pasteis de nata, não os célebres de “Belém”, mas tal e qual os da “Manteigaria”, um novo e pujante negócio nascido no 2 da rua do Loreto, em pleno Chiado, onde era a antiga sede da Manteigaria União. Quem ali vai, e são às largas centenas fazendo fila ao longo do dia, diz que melhores não há. A sineta anuncia cada nova fornada e logo os pasteis desaparecem num abrir e fechar de olhos. Ganhei algumas embalagens dos ditos, devo confessar, e no dia seguinte ainda a massa “cantava”, de tão estaladiça que era, condição primeira para se avaliar da qualidade do pastel.

É claro que seria a sobremesa a dar cabo da cabeça, agora dos concorrentes, que o mais que se lhes pediu, afora a atrapalhação no escalfamento dos ovos, saiu a contento de quantos se sentaram às mesas, simpáticos e diligentes funcionários da empresa, entre “picas”, “guarda-freios” e não só. Não é pêra doce fazer massa folhada, tantas as voltas que ela leva entre cada adição de gordura, depois a Marita ainda se baralhou na dosagem do amido para o creme que se quer bem ligado e aveludado. Seria aliás a apreciação ao pastel de nata a ditar a vitoria de uma das equipas, dado que o mais da refeição merecia o empate verificado por decisão dos convidados. Ganhou a equipa vermelha. E lá foi a Silvia a mais uma prova de eliminação!

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Das águas geladas da Noruega para a cozinha do MasterChef: o salmão, um por concorrente, magnífico e saudável, rico em ácidos gordos, como o Ómega 3, tidos como benéficos para a saúde. Produto assim, superior, merecia um trio de luxo. Aos chefs Rui Paula e Miguel Rocha Vieira, queridos colegas de júri, juntou-se outro igualmente celebrado, Henrique Sá Pessoa, e foram eles a dar o exemplo, perante os concorrentes chamados à mais temível das provas.  Henrique filetou-o, Miguel preparou-o, Rui Paula empratou-o e eu comi-o. Perfeito! Já o mesmo não se pode dizer da prova do Macedo, que ao amassar o peixe, desrespeitando assim a qualidade do produto, se viu fora da competição, sendo pois a terceira baixa.

Dele recordo o prato servido na cozinha de preparação, memória da sua ascendência cabo-verdiana, um saboroso caldo de peixe. Com a mãe deu os primeiros passos na cozinha, mas a sua grande referência é o pai, capitão de mar-e-guerra. Ao lado dele adquiriu experiência nas messes da Marinha portuguesa. Ali se disciplinou e se apaixonou pela arte de cozinhar. Vou ter saudades do seu jeito gingão. E seguimos com doze!

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Na próxima semana:

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Prepare-se para uma viagem diferente de todas as que, até aqui, já fizemos: será uma viagem a tempos medievos, com provas duras, a exigir sangue-frio, num ambiente único, junto ao Convento de Cristo em Tomar. A mesa já está posta!

www.museudacarris.pt

69 comentários a “13, o número da sorte… e do azar!

  1. Carolina Rodrigues

    O senhor é defensor de cães e gatos e não de animais, porque se fosse , respeitava-os e não os humilhava nem contribuia para a morte deles.

    passe bem

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  2. André Nunes

    A partilha, por Manuel Luis Goucha (adiante MLG), de uma imagem em que se viam várias cabeças de porcos e sob ela a legenda “o próximo programa vai ser de perder a cabeça”, gerou uma onda de protestos um pouco por toda a internet.

    É claro que também não gostei de ver a imagem; tanto assim foi que rotulei-a, na FOCA, como mais um exemplo da arrogância humana, com o galardão de última bolacha do pacote. Mas foi só isso. De resto, não senti qualquer impulso para manifestar ao autor ou mesmo à estação a minha reprovação. Entendi, na altura, que a divulgação da imagem não era pior do que, por exemplo, cozinhar lagostas em directo. E, de certo modo, achei até que a imagem terá sensibilizado umas quantas pessoas para a desnecessidade associada ao consumo de animais.

    Este seria, aliás, um assunto encerrado para mim, não fosse o post que o próprio MLG colocou no seu blogue pessoal, esse sim, para mim, bastante mais ofensivo e revelador. Diz aquele, a dada altura, que “sou dos que come carne e peixe, e não me venham dizer que tal regime alimentar nega a defesa dos direitos dos animais”, prosseguindo depois “Não gosto de “puxar dos galões”, mas lá vai ter que ser: quem usa o seu trabalho como tribuna para denunciar situações de abandono e de maus tratos? Quem, emprestando gratuitamente imagem a uma marca de prestígio como é a Pedigree, consegue assim doar toneladas, sim toneladas, de ração aos canis em dificuldades? Quem recolhe animais abandonados (cinco de sete) fazendo deles a sua “família”?” Portanto, se dúvidas houvesse, fica claro que para MLG animais é sinónimo de cães e, eventualmente, gatos. Os suínos que foram mortos e utilizados como ingrediente num programa de televisão, não passam disso mesmo, de um ingrediente para proveito humano. Pior, na cabeça de MLG, fazer boas acções em prol de cães e gatos justifica as mais vis acções contra animais que não sejam nem cães nem gatos.

    O que é curioso no meio de tudo isto é que antes de escrever o que escreveu, MLG afirmou que sabe “o que é pertencer a uma minoria”. A pergunta que eu gostava de lhe fazer, se tivesse oportunidade para isso, é: será que sabe mesmo? É que a minoria nesta história toda, contrariamente ao que pensa MLG, não são as pessoas – cada vez mais, diga-se – que optam por não comer animais. São sim os animais propriamente ditos, aqueles que tiveram o azar de pertencer a uma espécie mal compreendida e que se vêem numa posição submissiva, totalmente à mercê da compassividade humana; são eles os explorados e maltratados pela maioria, à semelhança, por exemplo, dos homossexuais às mãos dos heterosexuais durante demasiado tempo.

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  3. Ana Freitas

    Depois de ler tanto comentário, só me pergunto onde será que esta gente vive! Devem andar revoltados com todo o mundo então? Já viram a quantidade ce profissões que envolvem animais para a nossa alimentação? Desde a sua criação até aos que os servem à mesa? O que pensam vocês quando vão a um shopping e passam na área da restauração? E quando andam nas ruas? Talhos, restaurantes, peixarias,…! Na nossa Cultura o Cão é um animal de estimação, já o porco é criado para nos alimentar! Já vi muitas matanças de porcos, Mato galinhas, coelhos, patos. Como todo o tipo carne e de peixe. Isso não faz de mim má pessoa. Foi nesta cultura que eu cresci e a ela me habituei. Por isso não misturem a nossa Cultura com a Cultura chinesa. Provavelmente, se eu tivesse nascido lá, comeria carne de cão ou de outro animal que não fui habituada a comer.

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  4. Sandra Nogueira

    Usando os seus argumentos e as suas premissas, diria que, por essa ordem de ideias, já que um porco é menos animal que um cão, isso não me dará legitimidade para afirmarr que um gay é menos pessoa que um hetero? (just asking…)
    O especismo tem destas coisas!

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  5. Ana correia

    Venho comentar como vegetariana não radical que acredito ser… A imagem meteu impressão a mim, como meteu a muitas outras pessoas. É realmente demasiado cruel, para quem vê um porco como um animal senciente e não como alimento. Para a grande maioria dos vegetarianos, a imagem é o equivalente a vermos cabeças de cães ou de gatos decapitados. Sempre soube que o Manuel Luis Goucha era um defensor dos animais domésticos abandonados e infelizmente os vegetarianos têm dificuldade em aceitar que quem defende tanto os direitos de uns animais não defenda dos outros. Comer carne não põem em causa o seu trabalho de dedicação aos animais abandonados, mas põem imensamente em causa a vida daquilo que se torna o seu jantar… E penso que foi isso (que de uma forma se calhar pouco tolerante, pouco explicativa e pouco clara) todos nós tentámos dizer. Porque muitos de nós já comemos carne em tempos e sabemos o quanto nos custa termos de aceitar essa realidade distante e por isso mesmo tentamos mostrar ao mundo que a nossa opção é o melhor para nós, para os animais e para o mundo que nos rodeia… E não, não somos nenhum tipo de religião 😛 Cumprimentos

    Responder
  6. João

    Caro Manuel Luís,

    Quero dar-lhe os parabéns porque escreve muito bem. Gosto do seu blogue. Muitas das críticas que lhe fizeram aqui no site e nas redes sociais são muito injustas, a meu ver.

    Continuação de bom trabalho!

    Responder
    1. Mlg

      Olá João
      Não as entendo como críticas, antes como opiniões que naturalmente respeito. Mas que têm a importância que têm. Tal como as minhas. São meia dúzia de opiniões entre biliões.

      Responder
  7. Mlg

    Fico muito agradado por todas as opiniões suscitadas por esta minha publicação. Aqui todas as opiniões têm lugar e cabimento. E se possível são respondidas, uma a uma. Obrigado

    Responder
        1. Berta Veiga

          IIIIIUUUUUUUUPPPPPPIIIIIIIII,Ganhei o dia.A minha mãe teve outro avc no dia 1 de abril e agora ainda precisa de masi atenção e cuidado ,por isso tenho andado mais ausente .Beijo

          Responder
  8. Miguel Martins

    Perceba uma coisa: existem animais para além dos cães e dos gatos. Os porcos são até animais mais inteligentes que os cães. E isto é um pouco mais do que uma preferência pessoal. A sua preferência pessoal implica a morte de animais desnecessariamente. Apenas por prazer. Glorificar a tortura pela qual passam e ainda fazer piadas sobre “perder a cabeça” é absolutamente nojento. Perceba que está do lado errado da história. Um dia vamos olhar para estes tempos com vergonha.

    Responder
  9. Miguel

    As cabeças de animais foram completamente desadequadas, mas chocou mais a defesa do foie gras, quando os animais que são utilizados para tal coisa passam por meses em completa tortura!

    Responder
  10. Hugo

    Atenção,

    Uma crítica mordaz a esta foto não pode ser comparada a uma crítica de uma minoria que nada mais tem que fazer do que estar a chatear o Sr. Goucha.

    Não estamos aqui a defender opções alimentares. Fala-se de humanidade e de exemplos distorcidos que estes programas dão à sociedade.

    Não como carne, não vou a talhos e detesto ver cabeças de porquinhos em bandejas como detestaria de ver de cachorros, gatinhos, vitelos ou até de outras raças.

    Chamam-lhe “fresquices”, nós chamamos decência, compaixão com seres que partilham o nosso planeta e que são subjugados, massacrados, explorados…

    Obrigado.

    Responder
  11. TS

    Pratique o que prega!
    se é assim tão amigo dos animais, devia se revoltar por fazer parte de um programa destes, que mostra não ter respeito por espécies animais que “só servem de comida” para esta gentalha que não é capaz de compreender que um porco é mais inteligente, mais sensível, mais “humano” que qualquer cão ou até ser humano.

    Mereceu a critica sim, e merece muitas mais até abrir os olhos, nós não somos donos de ninguém, de nenhuma espécie. Eles não são objectos para ser destratados, compreendam isso.
    Isto é o maior holocausto patrocinado pela espécie humana.

    E vão ter vergonha desta vossa atitude, não falta muitos anos até as próximas gerações olharem para o passado e apontarem o dedo para a quantidade de barbaridade feitas e ditas pelos seus pais, avós e bisavós. No futuro abuso e exploração de espécies animais não vai ter lugar.
    Tenham vergonha na cara meus caros!

    Responder
  12. Alexandre Reis

    «Sei o que é pertencer a uma minoria,» la por pertencermos a uma minoria não deixamos de estar errados!
    «Sou dos que come carne e peixe, e não me venham dizer que tal regime alimentar nega a defesa dos direitos dos animais. Não gosto de “puxar dos galões”, mas lá vai ter que ser: quem usa o seu trabalho como tribuna para denunciar situações de abandono e de maus tratos? Quem, emprestando gratuitamente imagem a uma marca de prestígio como é a Pedigree, consegue assim doar toneladas, sim toneladas, de ração aos canis em dificuldades? Quem recolhe animais abandonados (cinco de sete) fazendo deles a sua “família”? Tenho a certeza que muitos dos que enfileiraram o coro de protestos mais não são que os mesmos falsos moralistas e hipócritas de sempre.» O quê? Nós é que somos hipócritas? Não somos os que ama o cão e o gato e depois mata para comer o porco, a vaca, o peixe, a galinha, o coelho, etc. Nós fazemos tudo o que pudemos para não agredir os animais PENSE NO QUE DIZ! Pior a emenda que o soneto.

    Responder
  13. Orvalho

    Oh Manuel Luis Goucha, cague lá na imagem que quer passar, transversal e politicamente correcta, de que agrada a gregos e a troianos. Assuma que só lhe interessa o cão, o gato e o periquito e que quanto ao resto dos animais, você tem o direito e a liberdade de ter um marfim, uma mandíbula, uma pele estendida no chão ou até mesmo umas cabeças servidas em pratos. Você não é defensor do direito animal, é desrespeitador! E assuma que se está a cagar para o assunto. Em português bem falado, bem escrito, sem acordo ortográfico e politicamente incorrecto.

    Responder
  14. Gisela Parafita

    Gostava apenas de conhecer a sua opinião se um Masterchef Chinês, por exemplo, fizesse a mesma “brincadeira” com cabeças de cães bebés.
    Engane-se quem pense que apenas vegetarianos ficaram desagradados com esta imagem.

    Responder
  15. Tiago Cunha

    Desilusão, apenas o que posso dizer sobre uma pessoa que admirava, mais até como pessoa do que como profissional!! Eu diria que a resposta até estava no bom caminho… Mas como se costuma dizer… “Espahou-se ao comprido”… O único problema é que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros, neste caso, na cabeça de Porcos. Não ter a capacidade de perceber isto, revela muito sobre o que pensamos sobre o valor dos outros no nosso mundo, quer sejam pessoas ou animais… Com as devidas diferenças, à muitos anos atrás, o mesmo argumento servia para explicar a existência e necessidade de se escravizarem pessoas!!! Exactamente porque o valor dos escravos era visto como inferior… Adicionalmente, e se em vez de cabeça de Porcos, fossem cabeças de Cães ou Gatos?!?!? O argumento apresentado baseado na liberdade de cada um de nós, continuarua a ser válido!?!?!?! Dá que pensar…

    Responder
  16. Ines Cortes

    Bom Dia! A mim pessoalmente não me choca nada, como Estremocense que sou com muito orgulho, é uma imagem que sempre me habituou. Adorei as suas palavras, e penso quão hipócritas somos todos nós, quantas pessoas que se manifestam aqui olham para os animais na rua, que nos imploram por ajuda com o seu olhar, apenas com desdém?

    Já agora posso dizer que estou um pouco triste com esta edição do MasterChef? Dão muito protagonismo a Marta….

    Felicidades para todos os que ousam ser como são e não apenas mais um molde da sociedade!!!

    Responder
  17. Teresa

    Não vejo o programa nem nada que venha da TVI!
    Já tinha ouvido falar que era defensor de animais. Se tivesse dito que era defensor de cães e gatos creio que não teria sido criticado como foi. Há uma enorme diferença entre ser defensor de animais e defensor de certos animais. Aqueles que, pela nossa cultura não nos é habitual comer. Cómodo ser defensor assim.
    Quem é defensor de animais, sabe que uma vida é uma vida, seja de cão, gato, galinha ou porco.
    Está no seu direito de fazer as suas opções, mas chame o verdadeiro nome às coisas. E ser criticado, tal como elogiado faz parte da sua exposição publica. Além do mais, mesmo para quem tem uma alimentação animal, a foto é de extremo mau gosto e insensibilidade.
    E para os que decidiram não provocar sofrimento a NENHUM animal, não há nenhum fundamentalismo nisso…há sim uma evolução de consciência, há um sair da idade da pedra.
    Já agora…não trabalho na televisão, por isso as marcas de comida de animais não me quererão entregar alimentos a mim, já que não lhes daria publicidade, mas sou voluntária numa associação de animais…

    Responder
    1. Mlg

      Obrigado Teresa pelo comentário.
      Aos cães, gatos, papagaios, rolas ( afinal os que tenho) … também junto os touros ( sou anti-tourada). Pelos vistos não chega! Paciência.
      Pois Teresa tem razão, mas eu podia trabalhar em televisão e estar-me nas tintas para os canis com problemas. Aceito com todo o gosto a troca de ração por publicidade.

      Responder
  18. Hugo Seleiro

    Temos que ter consciência que vivemos num planeta que não tem sustentabilidade futura , continua-se a massacrar animais, espécies inteiras são devastadas todos os dias, a todas as horas.. Você tem direito a sua liberdade de expressão e fazer tudo o que bem entender com o seu blog e com o seu programa, mas como figura publica deveria dar outro exemplo, se gosta de cães e gatos, também devia ajudar e promover a acabar com este massacre que todos os dias acontece no mundo!! Costuma-se dizer que se o matadouro tivesse paredes de vidro, ninguém comia carne !! Promover o bem estar a saúde é o mais importante, não promover a morte, promover a vida, essa imagem é morte !! Ensina-se as crianças a gostar do porco Babe para o depois meter no prato.
    Um abraço Sr Gouxa.

    Responder
  19. Anónima

    O senhor é deveras engraçado! Diz que é defensor dos animais, mas só se importa com os cães e os gatos, mas não se incomode que não é o único! Para dizer desculpas esfarrapadas dessas mais valia ficar calado. oBRIGADA BOA TARDE COM LICENÇA

    Responder
  20. Yavor Hadzhiev

    Caro Manuel Goucha. Respeito-o, tal como genericamente respeito qualquer pessoa, mesmo que possa considera-la “boa” ou “má”. Defendo sempre a contenção e a urbanidade na crítica e lamento que tenha ficado com a impressão de que quem defende um estilo de vida, e uma forma de ser e estar, que eu considero eticamente mais consciente e desenvolvida, seja “fundamentalista” no sentido negativo do termo. Se se sentiu insultado ou desrespeitado, lamento. Tal não é de forma alguma demonstrativo do conjunto de pessoas rotuladas de “vegetarianas” ou “veganes”. Não somos nada que possa ser encaixado. Alguns cidadãos escolhem beber álcool, outros fumar, outros escolhem não ingerir carne e/ou peixe. Os que fumam ou bebem não são enfiados numa caixa e rotulados de “maluquinhos” do álcool ou do tabaco. Penso que o senhor tem de aceitar com mais paciência quaisquer críticas pois é claramente uma figura pública e sabe que aquilo que faz ou diz tem impacto considerável. Portanto, deixe-me discordar, em primeiro lugar, que se trata de um assunto estritamente privado aquilo que publica no seu blogue ou na sua página de Facebook. Em segundo lugar, penso que deve sempre ser considerado o impacto de certas imagens e ideias transmitidas pelos media no público mais jovem e infantil. A televisão é um forte meio de formação dos mais novos e não me parece que imagens como as que estão em questão sejam saudáveis do ponto de vista da formação da personalidade. Sei que tempos houve em que os jovens assistiam à matança do porco. E, lamentavelmente, hoje em dia é legal que menores participem em touradas. Mas o que está no talho e o que está na televisão não é equiparável. Com todo o respeito, fica aqui a minha opinião.

    Responder
    1. Mlg

      Yavor
      Não é a pessoas como o Yavor que me refiro quando falo em fundamentalismo. Pela sua opinião percebe-se que se podem discutir ideias consigo usando de elevação. Porém não é possível com outras pessoas, que no mural se manifestaram. Obrigado pelo seu comentário.

      Responder
  21. Madalena

    Fantástica resposta! O país está cheio de gente que critica, mas fazê-lo e fazer o bem aí é que não, porque é mais fácil criticar teclando no computador do que ir ao terreno ajudar!

    Responder
      1. Berta Veiga

        pois está Alice,ontem é que não estava.Mas já reparaste que quase todos têm uma palavra do MLG e nós não?bolas….é errado ter tanto carinho por ele??bolas….vou cortar os pulsos

        Responder
        1. Alice Lopes

          Às vezes demora algum tempo até ser publicado o nosso comentário. Já esperei dois dias. Se é errado ter tanto carinho por ele? Não. Mas entendo que nem sempre comente.

          Responder
          1. admin Autor do artigo

            Alice, como deve compreender, são muitos os comentários e nem sempre é possível ler todos diariamente e aprová-los. Boa páscoa!

  22. Olivia

    Não é para ninguém ficar admirado com estas atitudes. O ser o humano está mais insensível a cada dia que passa, e como tal, a televisão perdeu a dignidade já à muito tempo, a TVI principalmente. Infelizmente é assim, as pessoas não se preocupam com a sua evolução moral, apenas com o seu bem estar e caprichos e nem imaginam que a uma dada altura se vão arrepender muito. O animal é um ser vivo que, tal como nós, sente frio, calor, tristeza, alegria, sede, fome, dor e também tem alma, difere de nós porque tem inteligência e acções limitadas e o seu propósito na terra também é outro mas merece tanto respeito e dignidade pela sua vida como nós.
    Por favor, tornem-se mais conscientes.

    Responder
  23. Teresa

    Você deveria ser mais coerente na sua caracterização. O sr. Manuel não é defensor dos animais. É defensor de cães, gatos e touros, talvez, como a maioria das pessoas. Ponto. Deixemo-nos, portanto, de falsos moralismos.

    Responder
  24. Márcia

    Manuel, acho que nem tinha de dar justificações, pois o facebook é seu, e quem não gosta não é obrigado a entrar.
    Quando queremos dar opinião, devemos respeitar quem está do outro lado!

    Adoro o programa e gosto muito de si!
    Beijinho!

    Responder
  25. Berta Veiga

    Oh meu querido,sabe que há quem não brilhe e tente apanhar estas coisas para tentar se fazer notar.Foi isso que fez a tal jornalista ou seja o que ela é que eu nem nunca tinha ouvido falar dela.Não sei se essa tal sujeita faz este filme todo cada vez que vai a um talho.Pobre de quem é pequeno e mesquinho.Tomara muita gente que gosta de “bitaitar”ter o seu cuidado e se preocupar com os animais.Beijo grande

    Responder
  26. Célia Ramos

    Oh, Manel gabo-lhe a paciência para responder a pessoas que não merecem um minuto de atenção. Da cabeça do porco só dispenso os ossos e a mioleira, o resto, marcha tudo!

    Responder
  27. isabel moreira

    Boa noite sr.goucha adoro o programa master chef,so acho alguns concorrentes com pouco conhecimento para um programa desse tipo,é só a minha opiniao.Gosto muito de o ouvir ou ler o que escreve pois aprende se e ficamos a saber ainda mais,cá em casa já se diz o goucha disse assim .

    Responder
  28. Carolina

    Olá MLG!

    Não consigo enxergar que espécie de ofensa aos direitos dos animais alguém poderá ter visto na tal exposição das cabeças de porco… Qual será a diferença entre a exposição das cabeças de porco e os corpos inteiros de cabrito, por exemplo, em episódios passados? São animais. Mortos. São a matéria-prima dos chefs. Ponto final. As pessoas andam muito sensíveis, especialmente nas redes sociais…

    Gosto muito do programa. Aliás, acho que não há actualmente no panorama televisivo português um programa tão interessante, tão bem produzido e tão bem editado. Parabéns por fazer parte dele.

    O que me desagrada é que, não podendo ver o programa em directo – convenhamos, a um sábado à noite a televisão é apenas um plano B -, o suspense e mistério que naturalmente recaem sobre as provas, os desafios e sobre que concorrente é expulso do programa sejam estragados, ao irem parar às páginas oficiais da TVI, bem como às páginas de facebook dos jurados. Estraga-me sempre parte do prazer que tenho em ver o programa, um dia mais tarde, porque já sei mais ou menos o que vai acontecer… E acho que desincentiva mesmo algumas pessoas a verem o programa (eu não, que sou viciada!). Essas informações só deveriam ir parar às páginas oficiais alguns dias após a exibição. Pensem nisso, por favor.

    Um beijinho.

    Responder
  29. Inês

    As cabeças de porco eram completamente desnecessárias, qual João Baptista numa bandeja….

    É uma ofensa ao animal, já não basta faze-lo sofrer na hora da morte, ainda o expõem como um trofeu? Barbárie!

    Os concorrentes fazem pratos medíocres, não admira com os ingredientes que lhes dão.

    A minha audiência não têm!!!

    Responder
    1. MLG

      Obrigado pelo seu comentário Inês
      Os concorrentes fazem belíssimos pratos. São óptimos concorrentes. Quanto às cabeças de porco tenho dito.
      Desejo-lhe o melhor

      Responder
  30. Marli

    Olá MGL, mais uma vez respondeu com a dignidade do seu ser, eu não esperava menos.
    Eu sou defensora dos animais, tenho 4 cães e um gato e tal como o MLG, pertenço à maioria, sou consumidora de carnes.
    Tento respeitar e não esbanjar o alimento de forma a que o animal não tenha morrido em vão. Se está certo, não sei! Dentro deste dilema dou comigo a pensar que os animais na natureza também de comem uns aos outros.
    Continue assim, um abraço
    Marli

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  31. Sao santos

    Cada vez se ve mais pessoas interessadas em destruir a inveja e a falta de atitude tomou conta dessa gente ocupem sr a serem felizes ou sera que o sao destruindo o proximo cada vez tenho mais vergonha de ser portuguesa

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  32. Lucia Fernandes

    Muito boa noite,Manuel Luis Gouxa sou uma enorme fã sua,adoro quando responde à letra a idiotas que são uns parasitas da sociedade sem nada para fazer.
    É claro que só o criticam porque gostariam de ser como é e fazerem o que você faz.
    Tudo o que tem é bem merecido adoro-o de paixão muita saúde e sorte para si e todos os amores da sua vida uma grande beijoca nesse seu enorme coração.
    O que eu mais gostaria era que respondesse a este email obrigado.

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    1. Mlg

      Lucia
      Claro que respondo.
      Muito obrigado pela sua opinião. Lido muito bem com opiniões contrárias às minhas. Não me conhecem de todo, por isso nunca me sinto afectado. Agora não suporto é fundamentalismos. Um beijo para si

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    1. MARIA RAMOS

      Boa noite ,gostei muito ,eu cozinhei muita cabeça de porco com muitas especiarias ,depois de cozida partia em bocadinhos punha num pano dentro dum passador com um pezo em cima no frigorifico ,partida em fatias era muito saboroso agora já a edade não dá ,e

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    2. paula

      Bom dia, Sr. Manel adoro o programa, mas gostava de saber o que fazem com as sobras das carnes e dos peixes, como por exemplo o salmão que só utilizaram um pouquinho , desculpe a minha curiosidade desde já obrigado.

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      1. MLG

        Paula
        Nada se desperdiça. As sobras vão para casa dos concorrentes, dado que estão a viver na mesma casa até saírem da competição ou são dadas a instituições.
        Um beijo

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